E sou eu e outros como eu que temos a fama de adorar a examocracia e esses chavões que gostam muito de usar os que criticam os exames como uma forma redutora de avaliar externamente as aprendizagens dos alunos e de regular o acesso ao Ensino Superior. Mas são esses críticos que estão no poder no Ministério da Educação há mais de 5 anos e falam muito, muito, mas, chegando a hora da verdade, nada fizeram de relevante, excepto acabar com o que gostaram de chamar “exame da 4ª classe” para criar provas no 2º ano de escolaridade.
São el@s que estão no poder e que, quase um ano depois da primeira vaga da pandemia, parecem renitentes em mudar o “paradigma” que tanto criticam e insistem em manter quase tudo na mesma, apenas adiando umas datas e pouco mais. Vá lá… decidiram que a realização das provas de aferição de 2º ano nas áreas da Expressão Artística e Educação Física seriam algo absolutamente irrelevante e inútil. Mas mantêm todo o resto, incluindo o essencial do “paradigma” que, mal pensem que nos esquecemos, aparecerão a criticar. Mas acerca do qual nada fizeram, quando a “oportunidade” apareceu e poderia legitimar que se repensassem as coisas. E nem se podem justificar com a falta de tempo ou pressa, como seria no ano passado. Tiveram bastante tampo mas preferiram ocupá-lo com outras coisas, certamente muito relevantes, mas que agora me escapam, pois também não terá sido a equipar escolas, alunos e professores para a segunda fase da pandemia.
Terão estado a fazer algo, certamente webinares flexíveis e inclusivas para os súbditos, com os cortesãos do costume a exibirem as vestes de honra e a arengar as parlapatices do costume, arrancadas às sebentas das profissionalizações do século XX. Ou a dialogar muito com “peritos”, nacionais e da estranja, se possível com chancela da OCDE e daquele senhor doutor que costumava cá vir, antes disto ficar um pardieiro infecto que talvez com o calor melhore. Há que definir prioridades na “acção política”.