São As “Escolas” Ou O ME Quem Exige Os Papelinhos Todos Certos Para Dar Os Apoios?

Ainda esta semana foi feito novo pedido de comprovativos da Segurança Social dos alunos com direito a apoios. Se não os tiverem não são excluídos” pelas escolas, mas por quem define as regras a nível superior. Há gente que fala e escreve do que não entende, esquecendo-se que as tais “escolas” malandras acabam a ajudar estes alunos de modo informal e nas entrelinhas das leis. A começar por quem, em nome do Governo, se desresponsabiliza do que faz, atirando o odioso de tudo para os outros. Neste caso, o objectivo ´+e dar a entender que os alunos não são apoiados, não por incompetência da tutela, mas por má-vontade das escolas. Pena que os directores tenham levado uma injecção atrás da orelha parecida à que levou o super-lutador que agora anda sempre a reboque.

A mentira tornou-se a regra na relação do Estado com a opinião pública.

Escolas não podem recusar imigrantes em situação irregular mas há quem esteja a excluir estes alunos dos apoios sociais e dos que precisam de receber computadores. “É como fechar-lhes a porta da escola”, denuncia Centro Padre Alves Correia. Governo esclarece “que estes alunos têm direito aos apoios no âmbito da acção social escolar” e que escolas têm que os incluir.

A Sério?

Que pena que quando se disse exactamente isto há meses (o problema não era o vírus estar debaixo das mesas, fecho e abertura de escolas deveria ser faseado), tivesse sido sem o selo de “especialista”, mas apenas de pessoas com dois dedos de testa.

Mas já sei que o PM viu “divergências” entre os especialistas, porque um maduro qualquer disse o que ele queria ouvir e que ele não governa com base em “previsões”, a menos que sejam as do centeno, descendentes e colaterais. Que tendem a falhar e não é pouco, mas sáo sempre respeitadas.

Especialistas convergem na ideia de que as escolas têm impacto no número de infeções — mas não tanto pelo que acontece lá dentro. Porém, a reabertura terá de ser feita “mais cedo ou mais tarde” e Marcelo já pediu um plano para isso. Os dados ainda são curtos e a decisão “nunca pode ser universal”

Domingo – Dia 7

A realidade tem muitas cores e gamas de cinzento. Pelo menos a minha. Acredito que outras sejam apenas a preto e branco com cores básica.

O regime não-presencial tem destas particularidades, que não se limitam a falta de equipamentos ou à adaptação de horários e metodologias de trabalho. Tem todo um outro nível de situações com que lidar e que exigem uma grande disponibilidade e capacidade de adaptação por parte das escolas e professores, no sentido de “ajustar” as práticas a esta nova diversidade.