A escrita em dispositivos, com ou sem correcção automática, está a provocar uma erosão enorme no hábito de manuscrever seja o que for ou de o fazer com algum rigor, do uso das maiúsculas à própria pontuação, um pouco devido à velocidade com que tudo parece ter de ser produzido, transmitido e consumido.
O Meu Quintal 
Os acentos e os pontos finais, finais… caminham para a extinção.
Já o sabíamos.
Por que razão agora é tão evidente?
Porque muitas aplicações dão errado/assinalam erro nas palavras sem acento ou sem maiúscula. Por exemplo, quando dizemos para considera resposta certa a palavra “espontâneo”, se o aluno escrever “espontaneo”, dá erro.
É uma situação a favor dessas aplicações. O aluno fica zangado consigo próprio por ter falhado apenas por um erro ortográfico fácil(?) de resolver.
É engraçada esta ambivalência das tecnologias que, na questão ortográfica, podem funcionar para os dois lados.
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Apesar de concordar contigo. Também acho que são razão estrutural para essa regressão na escrita. Mais importante/urgente se torna o uso das aplicações/plataformas que assinalam/contam errado a falta de acento, etc.
Não as “formatem” para ignorarem esses erros.
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Estamos, penso eu, já noutra fase. Há uma linguagem universal a ser desenvolvida baseada em ideogramas como os emoticons e emojis. Aguardo com ansiedade o primeiro discurso de Marcelo escrito nessa linguagem.
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Experimentem isto:
Colocar o aluno a ditar um texto para o computador.
Retirar-lhe o original e pedir para corrigir os erros usando apenas a memória do texto que leu. É preciso experimentar o exercício para se perceber o que isto vai implicar. A trabalheira depende, é claro, do software utilizado.
Pedir-lhe para registar as dúvidas que surgiram na correcção para em seguida pesquisar as regras ortográficas e sintácticas aplicáveis.
Confrontá-lo com o texto original.
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O dictafone do IOS funciona de forma fantástica. Eu dito muitas das minhas notas. Já no Word… um cocó.
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Bem, então usar o Word. Para fins pedagógicos, claro.
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: )
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