Não sei se tens conhecimento mas reporto-te o que se está a passar no meu agrupamento e, com certeza, em muitos outros deste país. O Ministério tem promovido a realização de testes COVID semanais nas escolas de acolhimento. Estes testes, na minha zona, têm sido realizados pela Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).
Até aqui tudo bem. O que não se percebe é que a CVP só possa testar as pessoas (PD e PND) que constaram da primeira listagem enviada, ou seja, os que foram testados na primeira “sessão”. Com o início do E@D e o acolhimento nas escola de alunos da antiga Educação Especial, de alunos encaminhados pelas CPCJ’s e de alunos oriundos de progenitores das chamadas profissões fundamentais, a escola passou a contar com a colaboração de vários docentes e não docentes, para apoio direto aos miúdos, que não constaram da primeira listagem.
Quando se tentou que esses elementos fossem testados, em posteriores sessões de testagem, a CVP disse que as ordens eram claras e que estes novos elementos não podiam ser testados. Que sentido faz isto? Não seria muito mais importante despistar situações de COVID em todas as pessoas que estão em contacto com os miúdos do que, por exemplo, estar a chamar para ser testado um assistente técnico que até está em teletrabalho há umas duas semanas, só porque foi testado na primeira sessão de testagens? Há quem diga que isto tem a ver com algum estudo que estará a ser feito pelo Ministério, para provar não sei o quê, mas o que é certo é que ninguém foi informado acerca disso nem deu a sua autorização para tal.
Que isto cheira a esturro, não há dúvida que cheira. Que, apesar de nunca ser demais testar tudo e todos, é um desperdício não aproveitar a presença destas equipas da CVP para despistar qualquer situação de COVID que possa existir no pessoal que está a trabalhar diretamente com os miúdos, parece-me coisa tipicamente portuguesa e que passa ao lado do que podia ser uma mais eficaz prevenção de casos de COVID nas escolas.
A situação acontece numa escola situada [entreo Tejo e o Mondego]