Habemus Vagas!

A propaganda já mandou anunciar que são muito mais do que as do ano passado. Resta saber se abriram aquelas vagas “certas”, para que quem de direito possa entrar na fast lane para um cargo na AP. Porque me parecem poucas para as carências efectivas das escolas.

O concurso deve estar próximo.

Fixação das vagas do concurso externo dos quadros de zona pedagógica e do ensino artístico especializado da música e da dança.

Fixação das vagas do concurso interno dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas e do ensino artístico especializado da música e da dança.

A Minha Proposta De Index Politicamente Correcto Das Letras Portuguesas – Parte I

Obras e autores a excluir de qualquer antologia vagamente aceitável nos tempos hiper-modernos, pelos motivos adiante aduzidos:

  • Cantigas de amigo e amor – machismo, misoginia e estereótipos de género.
  • Cantigas de escárnio e maldizer – linguagem imprópria, insensibilidade social.
  • Fernão Lopes – xenofobia, nacionalismo, militarismo.
  • Gil Vicente – linguagem imprópria, obscenidade, insensibilidade social.
  • Álvaro Velho e Pero Vaz de Caminha – racismo, proselitismo, eurocentrismo, supremacismo.
  • João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, João de Barros, Gaspar Correia e Damião de Góis – racismo, militarismo, nacionalismo, imperialismo, supremacismo, xenofobia, intolerância religiosa.
  • Bernardim Ribeiro – estereótipos de género, machismo.

Em apreciação:

  • Garcia de Orta – apesar da sua abertura às medicinas naturais, homeopáticas e não europeias, apresenta ainda um tom eurocêntrico muito acentuado.
  • Sá de Miranda – apresenta um moralismo exacerbado. Precisa de uma releitura atenta para se determinar até que ponto é aceitável a sua linguagem.
  • António Ferreira – romantismo excessivo, estereótipos de género na sua obra “Castro”.

Próximas avaliações (embora me pareça que nenhum se deve safar): Fernão Mendes Pinto, Camões, Francisco Manuel de Melo.

A Ler

Eça é racista? Acusá-lo de tal é cair numa superstição literária — dessas que hoje fazem encher o olho e dão parangonas. Camões, por este andar, ainda há-de ser proibido nos programas por se considerar que cada poema lírico seu é um piropo machista e ofende a dignidade da mulher.

3ª Feira – Dia 30

Quando se começam a ter algumas garantias acerca das condições de regresso às aulas presenciais, ao nível da testagem e mesmo de uma possível vacinação do corpo docente, eis que surge uma variante de cepticismo, quase de negacionismo, em relação à pandemia, protagonizada por aquelas pessoas que acham dispensável ser testadas ou que consideram isso como quase um atentado à sua liberdade.

Deixando de lado aquela explicação relacionada com o desconforto da zaragatoa (eu tenho uma sinusite muito aborrecida que vai ser um desafio para qualquer teste, mas não é por isso que recuso ser testado), ficam uns argumentos que me deixam algo perplexo em gente devidamente qualificada.

Caminhos

Os directores das escolas públicas querem que, no sector da Educação, o plano de desconfinamento, que será anunciado pelo Governo na quinta-feira, comece pelo 1.º ciclo do ensino básico. Na reunião do Infarmed desta segunda-feira, uma das especialistas defendeu que as creches e a educação pré-escolar deviam ser as primeiras áreas a reabrir, mas para os directores os impactos das aulas à distância são mais problemáticos nas crianças do 1.º e 2.º anos, pelo que deviam ser essas as prioritárias.