Obras e autores a excluir de qualquer antologia vagamente aceitável nos tempos hiper-modernos, pelos motivos adiante aduzidos:
- Cantigas de amigo e amor – machismo, misoginia e estereótipos de género.
- Cantigas de escárnio e maldizer – linguagem imprópria, insensibilidade social.
- Fernão Lopes – xenofobia, nacionalismo, militarismo.
- Gil Vicente – linguagem imprópria, obscenidade, insensibilidade social.
- Álvaro Velho e Pero Vaz de Caminha – racismo, proselitismo, eurocentrismo, supremacismo.
- João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, João de Barros, Gaspar Correia e Damião de Góis – racismo, militarismo, nacionalismo, imperialismo, supremacismo, xenofobia, intolerância religiosa.
- Bernardim Ribeiro – estereótipos de género, machismo.
Em apreciação:
- Garcia de Orta – apesar da sua abertura às medicinas naturais, homeopáticas e não europeias, apresenta ainda um tom eurocêntrico muito acentuado.
- Sá de Miranda – apresenta um moralismo exacerbado. Precisa de uma releitura atenta para se determinar até que ponto é aceitável a sua linguagem.
- António Ferreira – romantismo excessivo, estereótipos de género na sua obra “Castro”.
Próximas avaliações (embora me pareça que nenhum se deve safar): Fernão Mendes Pinto, Camões, Francisco Manuel de Melo.
😂😂😂😂
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Esta ironia do Paulo prova bem até que ponto os “-ismos” andam por aí a sugerir revisões que mais se aparentam com demolições… Depois de lermos “acusações” de racismo no Eça, tudo é possível até que não reste pedra sobre pedra. No fundo, de todos os lados há pretendentes a serem donos da História… como se o único tempo fosse o que eles conhecem!!! Aguardo a segunda rodada, Paulo.
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Então e um Fernando Pessoa, ortónimo e Álvaro de Campos? O PAN vislumbrará no “Gato que brincas na rua” o resultado do abandono de animais de companhia, situação miserável do bichano que ainda parece ser invejada pelo próprio sujeito poético; os Verdes certamente verão na “Ode Triunfal” a apologia da máquina poluidora em detrimento das energias renováveis e os seus parceiros de coligação, no meio de tanta indústria e desenvolvimento, quase aposto que arranjam motivo para instar a CGTP a convocar pré-aviso de greve para iniciar uma campanha de luta a favor das micro, pequenas e médias empresas e os operários em geral.
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Ó meu caro, o que dizer desse mesmo Campos, que se compraz, deliciado, com a pedofilia na «Ode Triunfal»?
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Não me estou a lembrar de nenhum partido/movimento a condenar veementemente a pederastia, pelo que, a pegar no Campos, façamo-lo pelas questões certas. 😀
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Calma… faltam as partes II, III e IV (a do século XX terá lá esses devassos modernistas todos, a começar no Almada), pelo menos.
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Aguardo as próximas partes.
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Delicioso!
Ficamos à espera!
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Esplêndido! Humor muito British😉.
Aguardo em pulgas pelas próximas letras.
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Fantástico…ficarei a espera das próximas temporadas..
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E a pedofilia de D. Dinis, a casar-se com uma santinha de tenra idade?? Queimem as flores do verde pino na fogueira!!!
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O que é interessante no Pero de Vaz de Caminha é que é isso que acontece precisamente. Já li várias prosas, de especialistas a estudantes, basicamente a exigir-lhe a presciência das sensibilidades etnicopolíticas do século XIX, julgá-lo possuidor de uma falsa moralidade vitoriana (condenando-o por isso) e a rapidamente desconsiderarem qualquer indício de que a leitura não funciona por completo. Ao mesmo tempo, um completo desinteresse pelos nativos americanos eles mesmos.
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Quis dizer século XXI !
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O Antigo Testamento merece também reparos.
Sionismo, misoginia, crimes ecológicos (desvio das águas de um mar, por exemplo), vários episódios pornográficos, defesa dos casamentos consanguíneos, elogio constante dos crimes contra os animais (fazendo-os mesmo passar por obrigação imposta por um deus). Juntaria imperialismo celestial, com um takeover do panteão por uma divindade universal.
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