Há conceitos que estranho e não entrando A “fadiga da pandemia” é um deles. Porque tem escasso sentido. É como dizermos que estamos cansados que o sol nasça, que existam nuvens no céu, que o fogo arda. A pandemia existe, porque existe um vírus a quem parece estranho qualquer tipo de angst. Uma manifestação contra a pandemia é algo que me deixa assim como que coiso. Sim, vivemos um tempo chato, mas principalmente perigoso. E um tempo que revela até que ponto a geração Y lida muito mal com a adversidade e fica muito incomodada com as mudanças no seu lifestyle. São os mesmos que disparatam em todas as direcções se as as aulas presenciais são suspensas e acham que se morrem os velhos, isso é mal menor, desde que possam ir andar de bicicleta à vontade ao fim de semana e beber umas bicas e uns abatanados à esquina, depois de largarem os fedelhos à porta da escola. Cresceram depois do período crítico do HIV/SIDA e não tiveram de repensar nunca as suas rotinas, hábitos ou de controlar o seu comportamento perante uma ameaça que não se senta à mesa para discutir se está a ser incómoda.
Estou a ser injusto? É de propósito, porque estou farto de queixinhas de quem andou a queixar-se das queixas dos outros (basta lembrar o que muita gente escreveu e disse sobre o facto dos professores reclamarem pela falta de apoios para as aulas à distância), quando não lhes tocava a el@s nada de mau. Agora não se calam com a choraminguice.
Será que na Idade Média ficaram “fadigados” com a peste?
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