Não sei bem com que estado de espírito, depois do que ouvi e li nesta semana. Sinto-me uma espécie de criminoso, quase mesmo sociopata, No período do E@D parece que os alunos não aprenderam nada, sendo que o “diagnóstico” feito pelos especialistas do IAVE, de tão preliminar, não aponta as razões de situação tão “dramática”, para recorrer a um termo muito usado em torno da questão. Hoje, leio que as “escolas deram notas sem contar com o trabalho feito ao longo do 2.º período”, o que me deixa a pensar que devo ser mesmo muito “estranho”, pois contei com o trabalho feito e não feito e não usei “testes” para isso. E além disso, ainda me lembro de ter dado umas boas semanas de aulas presenciais no 2º período e não ter permitido férias aos alunos (ou a mim) em Janeiro.
O ministério (só merece minúscula cada vez mais minúscula), depois de ter anunciado aos quatro ventos que as escolas tinham autonomia para definir os critérios de avaliação neste período, vem afirmar “que escolas que o fizeram [dar notas sem considerar “o trabalho feito ao longo do 2º período”] violaram os direitos dos alunos”. Nada como começar logo a sacudir a água do capote.
Em cima de tudo isto, há ainda a questão da vacinação dos professores, devido à qual parece que haverá uma hecatombe de mortes entre os mais idosos. Sobre isso nem me vou alongar, deixando apenas os dados do Perfil do Docente mais recente (2018/19), de acordo com o qual existem 17 malandros abaixo dos 30 anos no pré-escolar e 1º ciclo do ensino público.
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1º Abrir as actividades
2º Fazer os testes
3º Vacinar
Iria jurar que há algo de aleatório na ordem das operações.
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Malandros!
17 com menos de 30 anos ? isto numa “classe envelhecida” deve ser um milagre.
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Há algo de vagamente perturbador em ouvir um “cientista” anunciar que “é preciso experimentar”, quando lhe perguntam se devíamos desconfinar as zonas que estão aquém dos critérios definidos a cores pelo Dr. Costa.
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Um dia só começa quando ouvimos o Pai dos Directores, o o Pai dos Pais e o avô Cantigas de Belém.
Mas o nosso otimismo, esse só atinge um nível verdadeiramente costiano quando vermos o senhor ministro a servir de pano de fundo à visita diária de um qualquer governante.
Sem uma dose diária destes quatro elixires, não se vislumbra maneira de um sistema imunitário resistir á 4ª Vaga.
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