3ª Feira

A minha profissionalidade não depende de aceitar tudo o que me queiram impor, mas sim do meu desempenho junto dos alunos. E da minha sinceridade. E eles compreendem quando eu fico mesmo nos limites mínimos da paciência. Eles compreendem. Mas há quem, mesmo na própria classe docente, pareça achar que um professor não pode confessar que tem estados de alma menos “positivos”, como se fosse sua obrigação, junto com a profissionalização, ter caído num caldeirão de xanax, qual Obélix, com efeitos permanentes e perpétuos ao nível das reservas de paciência.

8 opiniões sobre “3ª Feira

  1. Quem também perdeu a pachorra foi o Bill. Ou terá sido a Melinda? De qualquer forma, é estranho o Marcelo não nos ter ainda explicado o infausto desvanecimento da harmonia conjugal que todos nós patrocinámos, anos a fio, através da fundação que apregoa os ditos. O Dr. Costa tratou de erguer uma cortina de fumo, como de costume, a ver se não dávamos pela notícia.
    Até o Dr. Centeno, numa derradeira e inconseguida tentativa, veio confessar que tinha salvo o sistema (o sistema das rendas?) com a verba que os portugueses se dispuseram, generosamente, a pagar para manter o Nosso Banco. Uma TAP nunca vem só.
    Tanta distracção só pode significar que o divórcio dos Gates é mais grave do que quaisquer pandemias ou aquecimentos globais. Mas a notícia acabou por se furtar aos relações públicas e nem a firewall dos chineses conseguiu travá-la.
    Entretanto o ministro Cabrita continua no seu imparável labor. Desta vez em calhou em sorte a Odemira. Depois de deixar “arder” tudo, aparece a anunciar que situação está controlada. Se não fosse a única pessoa em que o chefe consegue confiar …

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  2. Paciência ,pachorra.
    Quem diz conseguir ‘ estados de alma ” sempre positivos” …. são aqueles que mais dificuldades tèm.
    E pior ainda – geralmente são aqueles que os alunos menos ” gramam “.

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  3. Perder a paciência faz parte da vida, por isso faz parte de todas as relações. Pedagógicas incluídas.
    Quantas vezes a perda de paciência se revela solução para grandes males!

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    1. Gosto que os meus alunos percebam que eu sou, tal como eles, uma pessoa. E isso quer dizer, entre outras coisas, ser merecedora da mesma compreensão, consideração e respeito que tenho por eles. Já houve alturas em que tive de lhes lembrar e fez-se silêncio absoluto na sala. Mas normalmente a nossa relação constrói – se paulatinamente nessa base, que eles entendem. Ontem, numa turma difícil no início do ano, com alguns alunos preparados para estragar qualquer aula, aconteceu-me dizer “nagaxima”. Parei. Soou-me mal. Recomecei “Hiroshima” e… Ouço um coro “Nagasaki”. Rimo-nos. Peço desculpa, digo-lhes que é segunda mas que estou cansada (já tinha hesitado no nome de alguns alunos). E a aula continuou com tranquilidade. Estou prestes a deixar o ensino (aguardo a pré – reforma, que a lei contempla há dois anos mas que não é aplicada) e ainda me surpreendo.

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