A atracção pelo “local” pode ser o passo decisivo para a atomização educativa e para a erosão do que foi um esforço de pelo menos dois séculos no sentido da Educação elevar os indivíduos para além das suas circunstâncias.
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Mas únicos que se interessasm por elevar o indivíduo são os professores! Tudo o resto quer é rebanho aos seus pés, seja para consumir, trabalhar, ou votar.
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Siadadam, infelizmente, muitos professores, há muito, que embarcaram nesta política educativa que torna cada vez maiores as desigualdades. Vejo muitos colegas a premiar quem nada faz, quem muito pouco sabe. Valha-nos uma minoria de alunos que são muito bons. A maioria já, há muito, percebeu que não é preciso fazer muito para transitarem de ano. Consequentemente, trabalham o mínimo. Há muitos alunos, ao nível do 3.º ciclo (não vou mencionar o secundário para não tornar a «coisa» mais vergonhosa) a não saberem ler, fluentemente, a não saberem, interpretar… . Eu ando esgotada, pois recuso-me a embarcar neste facilitismo e as consequências negativas são… para mim. Cada vez mais, o nosso trabalho é dificultado, quer pelo ministério da educação com as sucessivas medidas, quer pela desunião dos professores, quer pelo desinvestimento dos alunos. No entanto, temos muitos colegas deslumbrados com tantos projetos, «projetinhos» e «projetões», defendendo que os alunos não precisam de saber muito, pois tudo está… na internet. O importante é divertirem-se. Passamos do, vou usar um trocadilho, do «80» para o «8». E eu considero que deveria existir um maior equilíbrio.
Paulo, concordo com a tua linha de pensamento.
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O importante é enfeitar as salas e, sempre que possível, toda a escola.
É a educação do show off puro e duro.
Dê uma espreitadela aos (supostos) jornais escolares.
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Os locais ficam-se pelo nível e pelas circunstâncias dos empregadores locais. Por norma estes são as piscinas, as bibliotecas, os museus, os centros arqueológicos e as ludotecas municipais.
Em breve também teremos as escolas municipalizadas. Aos locais basta colar cartazes pela cor do presidente de todos os serviços municipais.
Também pode sempre aparecer um aviador, mas aí tem de chegar com bons contactos, ser do partido certo e ter um olho em terra de cegos.
A educação, como tudo o resto, será compadrio local! O pessoal não docente já é das câmaras, as atividades escolares já são palco para atuação de munícipes, qualquer dia o currículo será também definido em função dos interesses do dito cujo!
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As redes de interesses do autarca bem como as hierarquias locais predefinidas em torno deste já minam as escolas .
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As novas áreas curriculares de Alguidares de Cima já foram definidas pela irmã do senhor padre e contemplam parapente em procissões e rezas em bodyboard. A moça é radical, anda nos ginásios e está no pedagógico da escola da terra. Em Cabeçudos de Baixo aprende-se a capar porco preto e o Plano Anual de Actividades contempla 10 inaugurações de pocilgas com corte de fita pelo Sr. Presidente da Câmara, além de centenas de palestras sobre a arte de engordar o porquinho.
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O único objetivo da municipalização é fazer das escolas mais um lobby do corrupto poder autárquico. Isto interessa à corja no poder.
Com os comissários políticos que as gerem (que não são mais que metástases, apodrecidas pela falta de caráter e dignidade, da mlr e do sócrates) e municipalizadas serão locais ainda mais tóxicos e nauseabundos.
Será nestes antros que se formarão as futuras gerações….!!!!
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