Afinal, Começa Logo…

Na primeira vez que tentei visionar, levei com 30 minutos de outras coisas, mas parece que já lá não estão.

Com vários intervenientes, sobrou pouco tempo para cada um. Eu abri as duas rondas, pelo que não deu para comentar algumas coisas, em especial na segunda volta. E pelo que percebi há quem já seja convidado habitual.

Discurso Sobre O Vazio

O plano traz lá uma coisita sobre as disciplinas menores do currículo. Nem sequer disfarça que é apenas conversa fiada, sem nada de concreto, tirando a coordenação, claro, que apresentará um relatório lindo de morrer no final.

o Recuperar com Artes e Humanidades – Desenvolvimento de um repertório de iniciativas, sob coordenação do Plano Nacional das Artes, integrando recursos específicos para recuperação e integração curricular;

Isto Não Me Parece Ter Nada A Ver Com “Recuperação Das Aprendizagens”

O que não necessariamente mau.

Só que me parece outra coisa, entre a promoção da mesma agenda que está em implementação desde os finais de 2015, em conjunto com um tardio investimento em equipamentos, faltando saber exactamente de que tipo.

Se a pandemia foi o pretexto para canalizar uma parcela muito pequena da “bazuca” de 15 mil milhões, antes isso do que nada.

Se vai ser apenas mais uma oportunidade para os negócios do costume (com a “formação” à cabeça”),pouco haverá a dizer.

«Ensinar e Aprender», «Apoiar as Comunidades Educativas» e «Conhecer e Avaliar» são os três grandes eixos do Plano 21|23 Escola+, que se norteia pelos pilares fundamentais do sucesso, da inclusão e da cidadania, alicerçado em políticas educativas com eficácia demonstrada ao nível do reforço da autonomia das escolas e das estratégias educativas diferenciadas dirigidas à promoção do sucesso escolar e, sobretudo, ao combate às desigualdades através da educação.

O texto da apresentação é uma peça de propaganda como as do costume, apresentando-se as contratações e vinculações, sem referir as aposentações e baixas. E depois isto dá logo origem a artigos da treta, a darem a entender que os professores são muitos, que se gasta muito dinheiro com eles, quando o investimento em pessoal é a menor das parcelas.

4ª Feira

Porque há quem ache que, para lá de imaginação, deve ser qualificada ou avaliada a forma como se expressa. Ora, haverá “boa” e “má” imaginação? E quem está em condições e tem a autoridade para o fazer? E deve a expressão da imaginação “fazer sentido”? Fará isso sentido? Estas são questões demasiado complexas para se resolverem de forma simplista até porque, infelizmente, não é raro que a exaltação da efabulação venha presa a concepções muito limitativas do que é tido como “aceitável”.