Incompetências

Alguns colegas têm-me feito chegar os materiais relativos aos recursos que apresentaram da sua avaliação de desempenho e das respectivas decisões, em regra de recusa de alteração da classificação pelos dois árbitros nomeados pelo “sistema” (o que é nomeado pela SADD e o que é nomeado pelo Presidente do Conselho Geral, na ausência de acordo entre o nomeado pel@ recorrente e o da SADD).

A “riqueza” de alguns argumentos é notável, no pior dos sentidos, para justificar que tudo se mantenha bem quietinho. No entanto, há coisas que são (quase) inexplicáveis, como aquela de uma pessoa aceitar ser árbitro e depois declarar que não tem legitimidade para alterar o que foi decidido antes. Nesse caso, para que aceitou a função? Para servir de eco? Para garantir o 2-1 final, sem grande esforço? Para fazer o frete ao poder local?

Só deram pela falta de “legitimidade” depois de aceitarem ser árbitros? E não pediram escusa, assim sendo?

Neste sentido, o árbitro [nomeado pela SADD] afirmou que (…) face ao que leu e analisou, não pode propor a alteração da classificação atribuída à docente, tendo ainda sublinhado que, quer a avaliadora interna quer a avaliadora externa, que mais de perto acompanharam o desempenho da referida docente, depois de analisarem a sua reclamação, decidiram manter as classificações que lhe haviam atribuído inicialmente, pelo que este árbitro não sente legitimidade para pôr em causa a avaliação atribuída.

O terceiro árbitro, (…), no que concerne a avaliação externa realizada à docente (…), afirmou que, não pondo em causa a competência, quer científica, quer pedagógica da docente, não pode propor a alteração da classificação que lhe foi atribuída pela avaliadora, dado não ter estado presente nas aulas observadas, acrescentando que considera que a avaliadora, face à reclamação da docente, manteve, fundamentadamente, a classificação atribuída. No respeitante à avaliação interna da docente, o terceiro árbitro referiu que, tendo a avaliadora mantido a avaliação atribuída, após o recurso apresentado pela docente, não sente legitimidade para colocar em causa tal avaliação, uma vez que a avaliadora desempenhou esse papel ao longo de um ano letivo e o que lhe é dado avaliar, no papel de terceiro árbitro, não lhe permite ter a mesma visão.

Ou estas pessoas não percebem qual o seu papel como árbitro ou estão apenas a gozar com quem recorre. Isto equivaleria a um juiz da Relação dizer que não poderia alterar uma decisão da primeira instância porque não esteve presente no julgamento e o juiz da da dita primeira instância até escreveu um acórdão bem escrito, não valendo a pena ver se está conforme às provas apresentadas.

É bem provável que estas pessoas até digam que “o modelo é injusto” e que tenham andado em manifs contra a add e, quiçá, assinado petições e abaixo-assinados contra isto ou aquilo. Só que, chegando ao momento de assumirem em nome próprio alguma atitude, amocham num instante.

A Renovação Da República

  • João Miguel Tavares no 10 de Junho.
  • Rita Rato no Aljube.
  • Pedro Adão e Silva no 25 de Abril.

Escalas muito diferentes e mordomias bem diversas, mas a mesma lógica.

Costa e Marcelo numa luta comum pela construção de uma memória do regime que lhes seja confortável. Mais do que as nomeações, impressionam-me as “aceitações”. Podia acrescentar outras, até de gente de que conheço melhor o trajecto, pelo que talvez não me espante tanto a Ânsia. Há umas semanas, em conversa com um antigo colega meu dos tempos da Faculdade, a respeito de outra colocação menos visível, confrontávamos perspetivas acerca do que explicará tais “aceitações” ou “candidaturas”. Será que estamos tão mal, que acreditam mesmo que não se arranja melhor, para não dizer muito melhor?

E depois há esta arte de ir colocando peças de diferentes cores no tabuleiro, para evitar grandes oposições. E o que dizer das cumplicidades mediáticas, em que o que ontem se criticava a outros, agora se cala porque se trata de gente “amiga”?

E quem não salta de alegria, em pulinhos de entusiasmo incontido, ou não se cala é porque tem inveja?

Sucesso, Mas Calma Lá Nisso!

Provas vão ter até o triplo das perguntas obrigatórias para evitar notas “demasiado elevadas”, mas mantêm modelo do ano anterior, com um grupo de perguntas opcionais em que só contam as melhores respostas.

(aquela conversa anti-exames? pois… claro… depende dos anos… das conveniências ocasionais)