A liberdade de expressão é para os sectários tanto quanto para os intelectuais liberais polidos. Não é claro por que um princípio seria digno no nome «liberdade de expressão» se só protegesse as perspectivas daqueles com quem simpatizamos.
Além disso, dar-se à autocensura para evitar ofender seria ceder ao que se poderia chamar «o veto do desordeiro», a ideia de que não lhe devia ser permitido falar, ou pelo menos deveria ter a decência de não o fazer. no caso de ser provável um elemento da sua potencial audiência se sentir ofendido pelo que o leitor teria para dizer. Quão plausível é esta ideia?
(Nigel Warburton, Liberdade de Expressão – Uma breve introdução. Lisboa: Gradiva, 2015, pp. 53-54)
Parece que é um best-seller em Cuba.
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