A minha série favorita sobre o vazio do final do século XX, de um ponto de vista obviamente semiótico. lembro-me – e isso assusta-me – do momento em que vi pela primeira vez esta série, na velha “4”, numa tarde de dia de semana onde estava despejada. Desde o início que percebi que ali havia platina com diamantes incrustados. Esperei por um ensaio do Umberto Eco especificamente sobre esta série em vão. E bem que merecia, porque anunciou muito do que estava por vir.
Já agora… sim… a primeira temporada não tinha no genérico a música que mais tarde fez parte do mito. Mas tinha a Erika Eleniak, que era claramente o sinal de um novo “paradigma” televisivo. Todas as outras pamelas vieram depois. E não me venham com tretas sobre misoginia e exploração do corpo da Mulher, porque aqui explorava-se também o do Homem (desde que mais baixos do que o David) sem especial drama. Ou o Kelly Slater, por exemplo, apareceu várias temporadas apenas pelos seus dotes “técnicos”?
Nesta altura, mal tinha recuperado da Samantha Fox. Assim sendo, para que a análise crítica da série não fosse contaminada pelo passado britânico, optei por uma visão holística, isto é, dos pés à cabeça, de frente e de costas.
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