… leia-se “educação à la costas”.
Este último aspecto é fulcral: a indústria tem de nos educar na estupidez, pois nós não somos naturalmente estúpidos. Pelo contrário, vimos ao mundo criaturas inteligentes, curiosas e ávidas de instrução. É necessário imenso tempo e esforço, individual e colectivo, para adormecer e, por fim, atrofiar as nossas capacidades intelectuais e estéticas, a nossa perceção criativa e o nosso uso da língua.
Alberto Manguel, A Cidade das Palavras, p. 124
E ainda se aplica o que é dito sobre a literatura fast food, que agora se apresenta nos escaparates como se fosse equivalente a “qualquer clássico antiquado ou de os leitores não são suficientemente inteligentes para tirarem partido da «boa» literatura.”
Não é por acaso que os defensores das “aprendizagens essenciais” estão quase todos do lado da depilação ortográfica. É tudo muito “moderno” e “século XXI”.
Literatura? Qual é o interesse da leitura?
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