As Minhas Séries

Os anos 90 acabavam em grande, com o anúncio do muito que estava para vir. Enquanto os filmes se infantilizavam para as audiências das pipocas e selfies, na televisão apareciam coisas muito boas, não apenas como raríssimas excepções. Os anos 2000 acabariam por ser, contra velhos preconceitos, o refúgio da maior parte dos bons guiões, com histórias para gente adulta, produtores, realizadores e actrizes e actores a preceito.

As três primeiras temporadas e a última são excepcionais. As outras são “apenas” muito boas.

Because you woke up this morning
Got a blue moon in your eyes
Woke up this morning
You got a blue moon in your eyes

Afeganistão

Parece o país mais ingovernável e inconquistável dos tempos modernos, a menos que seja por talibãs. Depois do fracasso russo e americano, tenho curiosidade em ver como seria se fosse a China a tentar tomar conta daquilo. Eu sei, não precisam dizer-me que não faz sentido. Mas lá que gostaria de ver a eficácia chinesa naquele território, gostava. O quê? Faziam estradas e pontes que colapsavam em seis meses quando as tropas dos barbudos fossem a passar?

Agora mais a sério: o que se está a passar é um monumento trágico à inconsciência militar dos tempos do Bush e a demonstração de que, afinal, aquela guerra tecnológica e “inteligente” é um mito.

E Trotinetes?

Acho discriminatório que o governo esteja preocupado em usar as escolas como espaços de aprendizagem só do ciclismo. Eu percebo o poder do lobby dos papás impacientes demais para ensinarem os filhos a andar de bicicleta, enquanto andam pelas estradas a falar entre si e a alegremente desrespeitarem o Código da Estrada (a começar pelos ajuntamentos de 10 e 20 ao mesmo tempo e continuando no esquecimento de os velocípedes não terem prioridade sobre os veículos motorizados nos cruzamentos, não esquecendo o uso das passadeiras para peões e passeios quando bem entendem), mas já agora acho que seria muito útil o ensino da trotinismo.

(para quando, aulas sobre a melhor forma de comer granola pela manhã?)

Domingo

O terceiro-mundismo turístico nota-se muito em coisas que nem sequer são subtis. O tuga que entra no estabelecimento é avisado logo de todas as regras, pedem-lhe certificado e distanciamento, mas se for um grupinho de turistas que se percebe serem de fora, assim dos nortes da Europa, podem entrar ao molho, sem máscara e tudo está bem, que o pressuroso funcionário de há minutos descobriu logo que tinha algo a fazer com a vassoura nesse momento. Só falta estender a mão para o tostãozinho.