Tem A Sua Graça (Ou Não)

Ler o pessoal que se insurge contra qualquer tipo de intolerância quanto ao aspecto, comportamentos e vestes dos jovens e que defende a liberdade de se ser de acordo com a identidade de cada um, defender de forma tão assanhada a guerra aos gordos. Afinal, sempre há um padrão para as condutas e aparência. Li num texto de um amigo que estimo um hashtag que me chocou moderadamente, não por ignorar as bocas recorrentes sobre a malta mais redondinha (leio e ouço disso há muitos anos, com proveito para o meu humor), mas por manifestar – espero que involuntariamente – aquele preconceito envernizado de preocupação sanitária.

Lembro-me logo dos primeiros tempos em que entrámos na Europa e não se podia comprar em quase lado nenhum daquele belo toucinho branco, muito menos depois de ter ido à salmoura (e ninguém falou em fundamentalismo islamizante), não se deveriam consumir enchidos de fumeiro (mas há quem adore fumão e truta fumada, que é gourmet) ou em que o azeite ainda era o mau da fita e as maçãs pequeninas, que não cumpriam as dimensões médias exigíveis pelos critérios de cólidade deveriam ser deitadas fora.

Não defendo o consumo de fast food nas escolas ou de gomas e aperitivos cheios de coisas artificiais, mas não confundo as coisas, porque sei que uma pizza bem feita é tão ou mais saudável do que quinoa estufada ou tofu salteado em óleo de sésamo, com ornamentação de couve roxa ripada (sim, daquela que vem especificamente especificada no despacho). Assim como um hamburguer confeccionado no momento, sem ser um bloco pré-congelado, com cartilagens, peles e alguma carne, colocado numa grelha ou forno de modo apressado, terá pouco a dever a um qualquer pseudo-churrasco vegan.

O que defendo é que as escolas deveriam ter as condições técnicas, humanas e financeiras para fornecer boa comida aos alunos, sem centrais de compras a alinhar tudo pelo valor mais baixo. O problema é que na demanda da Saúde Universal há sempre no caminho a preocupação orçamental que muitos fingem não ver. Mas em vez de se defender a capacidade de confeccionar boa comida nas escolas, opta-se pela facilidade de legislar proibições, deixando o que é mesmo importante na mesma. Dentro, mas também fora da escola.

A escola deve ser o local onde se aprendem os bons costumes e as virtudes? Talvez sim, mas com moderação. Porque em matéria de fundamentalismos, as burkas não são o único exemplo.

E agora… só umas leituras para chatear…

Since Nazi Germany encouraged its racially chosen citizens to live a healthy life, the State sought to build upon an evidence-based correlation between food and healthy living. The focus was the pursuit of a lifestyle to be considered worthy of a ‘master race.’ According to Robert Proctor, science historian and author of The Nazi war on Cancer, the Nazis launched one of the world’s most aggressive public health campaigns and cancer prevention programs that involved bans on carcinogens found in water, food, anti-tobacco advertisements, bans on smoking, restrictions on asbestos use, occupational health regulations, restriction on carcinogenic food dyes, and novel dietary therapeutics.

Nazi policies favored healthful food and opposed fat, sugar, alcohol, and sedentary lifestyles (Proctor, 1999b; Lemieux, 1999). Nazi medical research, though shrouded by its notorious narratives of racial hygiene and horrific experiments in the concentration camps during the infamous ‘Final Solution,’ brought an emphasis on proper nutrition and a healthy diet (Proctor, 1999b). The Nazi regime believed that eating more healthily would promote superior health and increase physical performance. Otto Flossner, a nutritional physiologist at the Reich Health Office, believed that a purposeful approach to a whole food diet only complemented racial hygiene (Proctor, 1999b). Nazi leaders embraced this approach believing that a healthy lifestyle led to a healthier and fitter nation ready to fight and win the coming war.

Tracing the link between natural food and the Nazis

Public Health under the Third Reich

Lifestyle, health, and health promotion in Nazi Germany

Calma… há coisas para todos os gostos:

How did the USSR tackle obesity?

20 Soviet health propaganda posters

The USSR really cared about its citizens – well at least about their health – because if they were not strong and healthy, they wouldn’t be productive members of the proletariat!

1. Soviet authorities regulated all spheres of human life in the country – starting from the very beginning – child birth. There were strict rules about how to feed, wash and take care of a baby.