Um livrinho de pequeno formato, com 90 páginas rápidas de ler que consumi em suporte físico, porque sou antiquado. Quem o quiser em formato digital, até paga menos. É da anglo-turca Elif Sharaf e explica-nos como as identidades monolíticas são uma ilusão e o mundo da leitura e escrita nos pode unir, em vez de nos isolar (perante ecrãs, por exemplo). Fala-nos de forma muito elegante sobre as ansiedades de um tempo em que cada vez se grita mais, mas menos eficaz é a nossa “voz”, e sobre os equívocos de quem não percebe que certos extremismos e fundamentalismos só ajudam a criar os fenómenos pelos quais, depois, a maioria gosta de se desresponsabilizar. Ajuda-nos a perceber que a sanidade é possível, se não nos desligarmos do passado, de tudo o que nos ajudou a criar enquanto seres que não se definem por um único traço (geográfico, político, étnico, religioso), mas de forma compósita. Um livrinho que só na aparência poderá parecer ligeiro ou defensor de uma tolerância inconsequente. Pelo contrário, ensina-nos que a inconsequência está em encerrar-nos em câmaras de eco, nas quais a verdade aceite é apenas a que nos faz sentir confortáveis.
Acho que vou comprar.
Paulo, já agora, compraste na book depository?
Isto está complicado no pós-brexit.
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Comprei numa loja física da FNAC. Mas se preferires o digital, é só seguires o link.
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