Apesar de estarmos em autárquicas o noticiário sobre o verdadeiro escândalo de tráfico de influências na câmara do delfim Medina ocupa pouco espaço nos destaques. Porque as cumplicidades vão muito além dos meandros municipais e estendem-se a muita gente que, por omissão ou receio, decidiu pactuar com uma série de esquemas manhosos. Em outras situações, vi e li parangonas sucessivas, mas agora parece que não convém colocar a ventoinha a funcionar. Um pouco por todo o lado, neste país que se afunda na mesquinhez de poderes incapazes de resistir a tentações, “facilidades” e de gente com muita dificuldade em recusar “compromissos” que só servem para alastrar a teia de cumplicidades, este tipo de coisas repete-se e o “abafanço” é a primeira estratégia para lidar com a manifesta ilegalidade. E a segunda, como em tantos outros casos, é desacreditar quem denuncia ou alegar que as provas foram colhidas irregularmente.
O distanciamento permite-nos digerir melhor o passado. No entanto, foi sempre mais fácil acomodar-se. Questão de poupar energias.
Por outro lado, as parangonas eram, muitas vezes, escapes permitidos para aliviar a pressão.
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E tudo isto acontece em democracia ou numa suposta democracia!… A Venezuela não está longe!…
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Grandes aldrabices e muitos informadores.
Quem ficará com os terrenos da antiga feira popular?
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