O que eu gostava que esta malta viesse dar aulas para o mundo real. Claro que entendo o objectivo. Assim como as portas das salas também devem estar (como estiveram o ano passado). O que estes especialistas de gabinete parecem desconhecer são algumas das implicações práticas destas medidas, que nem vale a pena estar por aqui a enumerar porque há estados de alheamento que não querem ser perturbados.
Tudo a arejar !
Será que estes especialistas trabalham de portas escancaradas ?
Tudo isto , começa a tornar – se ridículo.
E nas idas e regresso da escola ?
E nos recreios ?
E nas cantinas ?
E …etc ?
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Procuro sócios para uma fábrica de ventoinhas.
Ar condicionado é incomportável pelo preço e posteriores manutenções.
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Ventilação e diminuir drasticamente o número de pessoas numa sala, são os únicos meios realmente eficazes na transmissão de um vírus.
Gelinho, máscaras e setinhas é tudo treta.
Agora ventilação não quer dizer janelas abertas. Há sistemas que outros países usam mas que custam €€€€. Mas das duas uma ou finge-se ou realmente se faz.
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Manuel Gameiro Silva, o especialista em qualidade ambiental nos edifícios salienta o exemplo da Suécia, “semelhante a Portugal em número de habitantes”. “Os suecos optaram por uma forma de abordar a pandemia com menos medidas restritivas e, ao fim deste tempo, temos quase o mesmo nível de indicadores em número de infetados e de óbitos. A grande diferença é que, na Suécia, desde a década de 1980, todos os edifícios são verificados no que se refere à ventilação e qualidade do ar. Deve ter tido um efeito notório na diminuição de risco de contágio. E nos outros países nórdicos, como Noruega, Dinamarca e Finlândia, com medidas mais restritivas, mas também com o mesmo sistema de controlo da qualidade do ar, os números de infeções e óbitos são muito menos expressivos do que em Portugal” explica.
Manter alunos nas salas para evitar cruzamento de turmas “é um erro”
Para Manuel Gameiro da Silva, no último ano letivo “a forma como foi dito que as escolas deviam ser geridas em termos de qualidade do ar foi um processo muito desenhado admitindo que grande parte do contágio seria na transmissão por contacto”. “Neste momento, já não tenho dúvidas de que o principal veículo de transmissão da covid-19 é através de aerossóis”, afirma, defendendo um menor tempo de concentração de alunos dentro de espaços fechados. “Imaginemos que entra um aluno contaminado, a inalação de vírus pelos outros é muito maior na segunda hora em que estão em conjunto do que na primeira. Portanto, colocar alunos uma manhã inteira numa sala, sem intervalos, para evitar cruzamento de turmas é um erro. Uma asneira. É importante que os tempos em conjunto não sejam muito elevados.
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Com chuva e frio de rachar no inverno? Digam-me o no de telefone para os papás ligarem a protestar sff.
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Turmas reduzidas?
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O mundo real é muito diferente dos gabinetes com ar condicionado.
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O mundo real pode ser mudado se existir vontade política.
O problema é que com papas e bolos se enganam os tolos. Fingir que se faz é a norma.
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“(…) preferencialmente com ventilação natural”?! Mas haverá outra nas escolas? Os arejadinhos das ideias de gabinete – e não me refiro só às questões do Covid – não trabalham em salas cheias de alunos, durante 90 minutos, durante uma manhã e/ou uma tarde! Em circunstâncias normais, mesmo com portas ou janelas abertas (no Inverno nem isso é possível!), o ar dentro de uma sala já é saturado e quente, quanto mais ainda com uma máscara!
O excesso de alunos por turma e a duração prolongada dos tempos letivos são desaconselhados por muitos outros motivos há muito tempo, e nem é preciso pensar no caso dos países nórdicos para perceber isso (bem que eu gostaria que aprendêssemos alguma coisa com as boas práticas desses países em relação à educação e a muitas outras coisas!) As causas dos problemas das escolas (e não só nas escolas) estão sempre a montante, anteriores a qualquer vírus, catástrofe natural ou crise económica que possa agravar o que já é grave há muito tempo. A principal causa é a ideia enraizada de que a quantidade deve preceder a qualidade, de preferência quando isso dá jeito. No caso do Covid, quanto mais portas e janelas se abrirem, para além de ser uma solução a custo zero, melhor será o ar que vamos respirar, e ainda sairemos com ideias mais arejadas! Daí resulta um aumento da oxigenação do sangue, e também do cérebro, contribuindo para o aumento do rendimento intelectual dos alunos e alivio da tensão e cansaço dos professores. Acalmem-se os mais céticos e críticos das medidas da DGS para evitar os contágios nas escolas, porque está visto que os ganhos em qualidade superam a quantidade dos alunos em cada sala durante a quantidade de tempos prolongados ao longo do dia. Tudo se resolve se houver abertura de portas e janelas a novas ideias e arejamento de outras.
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