Após profunda pesquisa hermenêutica e detalhada análise semiótica, declaro ter encontrado a fonte primeira do “novo paradigma” educativo costista.
Ordenou o Senhor ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Génesis: 2, 16-17)
(há versões que optam por “ciência” em vez de “conhecimento”, mas vai dar ao mesmo)
Aleluia!
GostarGostar
Enviei-lhe mais uma das minhas cartinhas:
Exmo. Senhor
Primeiro-Ministro
(Com conhecimento a Sua Excelência o Presidente da República)
Como corolário de diversas medidas do Ministério da Educação, todas parecendo ir no sentido da deterioração da escola pública (entendível esta como local de ensino, de qualidade), o Despacho n.º 6605-A/2021, de 6 de julho de 2021, revogou todos os programas e metas curriculares vigentes, e instituiu um ensino, para todos os alunos, reduzido a objectivos e a conteúdos mínimos (metaforicamente designados como “aprendizagens essenciais”).
Pensando que todos os professores e encarregados de educação de Portugal merecem ser esclarecidos, solicito a V.ª Ex.ª que responda a estas singelas questões:
1. Sendo iguais, em termos de salários, de equipamentos e de instalações, os custos para o Orçamento do Estado derivados da concretização de um ensino de qualidade ou desta “escolinha de mínimos” imposta pelo governo a que V.ª Ex.ª preside, e sendo evidentíssimo que não melhorarão nem os conhecimentos nem as competências dos alunos do sistema público de ensino, qual o objectivo real do senhor António Costa e do seu Ministério da Educação ao aprovar e pôr em vigor o referido acto normativo?
2. Que benefícios decorrem para Portugal e para os Portugueses da universalização de um ensino público desprovido de rigor e de exigência, limitado, para todos os alunos, a objectivos e a conteúdos mínimos?
3. Numa União Europeia e num mundo onde todas as pessoas e todas as empresas estão sujeitas a uma fortíssima concorrência, de que modo esta “escolinha pública de mínimos” preparará os filhos das famílias portuguesas para competirem nesta economia globalizada?
Estou certo de que os professores e os encarregados de educação de Portugal agradecerão uma rápida resposta a tão simples, claras e directas perguntas.
Para obviar a algum esquecimento por parte do gabinete de V.ª Ex.ª, a cada semana que passar sem resposta cabal e concreta ao que lhe é solicitado, recordarei o senhor António Costa de uma eventual falta.
Com os mais respeitosos cumprimentos.
Mário Rui Simões Rodrigues
GostarLiked by 2 people
A sabedoria é perigosa.
GostarGostar
Pois é mesmo isso. Estas “elites” já constataram que o povão sabe demais! Há que cortar-lhe as pernas na escola que é onde se lhe dava estrutura para ir além do berçário.
Viva o poder perpétuo
das esmolinhas e selfies!
GostarGostar
É sempre a bombar…
https://www.publico.pt/2021/09/06/sociedade/noticia/pandemia-rendeu-laboratorios-analises-lucros-quatro-vezes-superiores-2019-1976392
GostarGostar
E eis que uns meninos, que passeavam num blogue, se admiraram ao ver Adão e Eva naqueles prepararos e exclamaram, indignados: – “Eles vão nus! Essencialmente nus!” E o Urbano acrescentou: “Nus e suplicantes…”
GostarGostar
E eis que a serpente exclamou: _ É agora que os vou papar para todo o sempre!
Amén.
GostarGostar
Soberbo, “comam o que lhes mandam”.
GostarGostar
Claro 🙂 é preferível dizer-lhes que comeu a maçã…Que importa a sabedoria?
GostarGostar
Se comerem a maçã, das sementes, nascem pequenas árvores na barriga. Portanto, o melhor mesmo é comer a serpente (fatiada e caramelizada). O melhor dos suplementos proteicos para servir nas cantinas escolares da New Age.
GostarGostar