Só para apreciadores de boas ideias, bem escritas.
(é dia de derby… fica já publicado)
Só para apreciadores de boas ideias, bem escritas.
(é dia de derby… fica já publicado)
Passam 20 anos sobre a manhã em que, num intervalo das aulas, vi a queda da segunda torre. O século XXI começou ali em muito do que tem de mau, mesmo se fermentava há muito. Não compreendo quem, por ódio peculiar à “América” ou a alguns dos seus dirigentes e dos seus anteriores ou posteriores actos, relativiza a gravidade do que se passou ou entra por teorias conspirativas do mais variado género. Abominar o que representa o 11 de setembro de 2001 não é qualquer declaração de amor ao trio Bush/Cheney/Rumsfeld, às suas mentiras ou aos interesses económicos que levaram, em especial, à invasão do Iraque (sendo curioso ver a forma indecisa como os críticos da invasão do Afeganistão reagem agora à retirada americana e ocidental). Se há algo que me causa clara repulsa é a atitude que defende que certos actos se justificam conforme estejam a favor ou contra aqueles de que gostamos ou não. Não é preciso ser-se nazi para se condenar o bombardeamento de Dresden, mesmo tendo em conta que se estava em guerra (o mesmo é válido para Hiroshima, tirando a parte dos nazis). A barbárie não se justifica por ser contra “os outros”, ou seja, por inerência, “os maus”.