Recomeçam oficialmente as aulas no Básico e Secundário com uma situação algo paradoxal. As escolas, sempre apresentadas como os lugares mais seguros à face deste Portugal em termos de pandemia – onde de afirmava existir “contágio zero” – agora são dos locais onde as regras (já de si nem sempre muito coerentes, diga-se) se mantêm mais rígidas, desde logo com a permanência da conversa idiota das “bolhas”. Já nem apetece – ou adianta – apontar tudo aquilo que continua escrito para não ser cumprido ou que faz escasso sentido. Oficialmente, tudo correu bem o ano passado, pelo que se publique a narrativa e a mesma seja afixado nos locais habituais e proclamada pelos arautos da Corte dos Costas.
Entretanto, todo contente, o ministro Tiago desdobra-se em intervenções cheias de evidências planas, enquanto o ex-Super-Mário e os sete anões dormem a sono solto.
Eu continuo à espera que o ministro me responda e faça o que sugiro!…
CARTA ABERTA AO MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Exmo. Senhor
Ministro da Educação
Tiago Brandão Rodrigues
Sugiro a V.ª Ex.ª que, nas vésperas de se iniciar mais um ano lectivo, informe os pais e os encarregados de educação dos alunos portugueses, em comunicação presencial ao País ou em conferência de imprensa, que o ministério a que V.ª Ex.ª preside, através do Despacho n.º 6605-A/2021, de 6 de julho de 2021, revogou todos os programas e metas curriculares vigentes, e instituiu um ensino, para todos os alunos do sector público, reduzido a objectivos e a conteúdos mínimos, metaforicamente designados como “aprendizagens essenciais”.
Para que os pais e os encarregados de educação dos alunos portugueses entendam, diga-lhes, de forma simples, que a partir de agora aos seus educandos será ensinado apenas 20 ou 30% do que lhes era ensinado nos anos anteriores.
E para que entendam melhor as consequências futuras, a nível pessoal e profissional, diga-lhes que a partir de agora aos seus educandos será ensinado apenas 20 ou 30% do que é ensinado a um aluno espanhol, francês ou alemão.
E se puder, explique-lhes:
a) Qual o objectivo real do Ministério da Educação ao aprovar e pôr em vigor esta medida; e
b) Que benefícios decorrem para Portugal, e para os Portugueses, da universalização de um ensino público desprovido de rigor e de exigência, limitado, para todos os seus alunos, a objectivos e a conteúdos mínimos.
Se me é permitido, sendo aquele Despacho obra de todo o Governo, sugiro que nessa comunicação presencial ao País, ou nessa conferência de imprensa, estejam presentes o primeiro-ministro, António Costa, e o secretário de estado, João Costa.
Os pais e os encarregados de educação dos alunos portugueses ficarão esclarecidos!
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Eu já nem digo nada…
Senão ainda me chamam negacionista 🙂
Agora a minha postura é : balde de pipocas e começo a ver o filme… Farto-me de rir.
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