Lido Há Pouco Numa Carta Aberta/Petição

Tenho a quase certeza de três coisas acerca do está escrito: a) que os autores não perceberam ainda que a Universidade é um dos nichos mais clientelares de uma sociedade já de si marcada indelevelmente pelo factor C; b) que o atestado de qualidade a uns tem no seu reverso um atestado de menoridade a outros c) que no Superior há quem não tenha muita vontade de fazer esse trabalho de selecção chato, a menos que o primo da vizinha jeitosa do 3º esquerdo ou o sobrinho do senhor embaixador etc e tal. Já sei que vão dizer que não é nada disso, mas…

O contexto atual de pandemia, a mudança da construção dos exames trouxe à tona o desajuste
deste instrumento para o objetivo final da seleção dos alunos, na medida em que se mostrou à
evidência que um número, uma média ponderada é um método pobre e absolutamente
redutor, nomeadamente quando o usamos para seriar alunos no acesso ao Ensino Superior.

A qualidade, conhecimento e saber dos docentes do ensino superior saberá, melhor do que ninguém, qual a melhor forma de escolher os seus alunos, sem esperar que alguém o faça por si.

(até parece que nos cursos superiores “de topo”, aquilo não é em grande parte na base do marranço para ter “nota” e dar nas vistas por isso mesmo…)

Uma Boa Decisão

Talvez fosse importante explicá-la em pormenor a alguns maníacos dos grupos (com alunos menores) em tudo o que é rede social, em nome da “modernidade” e da “agilização” dos contactos.

Decisão surge semanas depois de ter sido revelado que os responsáveis do Facebook, que detém o Instagram, estavam cientes dos efeitos negativos da rede social na saúde mental dos adolescentes. Empresa é também acusada de esconder estudo que contém dados detalhados sobre os impactos negativos nos adolescentes, sobretudo nas raparigas

2ª Feira

A noite de muitas surpresas trouxe lições que nem todos gostarão e que quase outros tantos farão por ignorar. Em Lisboa, as bengalas já se alinham para manter uma geringonça qualquer, apesar da estrondosa derrota do delfim, alimentado a análise política semanal televisiva. A “coligação” com o Livre não passou de uma anedota, mas o Livre é uma anedota mantida para que o seu criador se mantenha como alguém relevante na vida política, mesmo se poucos sabem que é fora de Lisboa. Afinal, ainda há alguma justiça eleitoral? Para Carlos Moedas ganhar a capital do reino, algo está mesmo estranho. Pelo país, as tais bengalas afundaram-se porque a percepção geral é que só servem para isso mesmo, aguentar o actual PM no lugar. Podem gritar que foi graças a elas que as coisas não foram piores, mas isso é curto e ninguém se convence muito que não fazem os fretes em busca de migalhas do orçamento e umas colocações de quadros no aparelho dirigente do Estado. O PCP perde 2-3 câmaras por cada Orçamento que aprova “contra a Direita” e o Bloco parece regressar às origens urbanitas sempre que há eleições locais. Uma espécie de irmão mais velho da Iniciativa Liberal que, com o PAN ficam com um redondo zero de vereadores, por muito emproados que se apresentem uns e animadinhas as outras. O Chega também fica curto, mas consegue ser o 4º partido formal com mais vereadores. São apenas 19 mas quase quintuplicam os do Bloco, a quem ganharam por quase 1,5% no campeonato dos pitorrinhos.

Contra muitas expectativas, Santana tem mais vidas do que qualquer gato.

A abstenção aumentou, pelo que os encolhimentos e as expansões se terão devido à deslocação de votos e não tanto à atracção de novos eleitores pelos “novos” partidos.

Não sei se isto foi uma viragem ou apenas um aviso à navegação. Contra a arrogância do costismo e o servilismo dos outrora facínoras convertidos em assinantes de cruz de orçamentos em que se trocam amendoins por caviar.