Dia: 6 de Novembro, 2021
A DGAE A Deixar-nos À Beira De Um Ataque De Nervos
Surgiu com data de ontem uma 3.ª Nota Informativa sobre Recuperação de 2 anos, 9 meses e 18 dias. O objectivo passa por ser ajudar quem, por via da magra recuperação do tempo de serviço, fica muito pouco tempo, por exemplo, no 5º escalão, pelo que tem dificuldade em cumprir todos os requisitos.
O problema que está na origem disto tudo é uma legislação feita aos remendos, em que a direcção política manda fazer coisas inexequíveis. E depois é preciso atropelar normativos que se assinaram e estão em vigor. A mim, após consulta à dgae, aconselharam-me (a bem do recorrente!) a continuar a seguir os procedimentos relativos a um recurso de um colega a quem a respectiva sadd apresentou as suas contra-alegações com semanas de atraso e uma pcg com claras dificuldades em perceber ao que anda, nomeou o eº árbitro com mais outras três semanas de atraso. Ao que parece não acham que o CPA se aplique porque a add não será um procedimento administrativo (como há uns dias já aqui escrevi).
A desorientação e a desresponsabilização parecem ser a regra, quando se acumulam problemas perfeitamente previsíveis para quem soubesse como se acabariam por combinar medidas tomadas de modo avulso, por gente incompetente, guiada por cegueiras políticas.
Agora, em vez de criarem um regime de progressão excepcional, decidiram que se devem recuperar de uma forma algo abstrusa, avaliações do desempenho com 10 ou quase 15 anos. Tudo isto é uma enorme salgalhada que envergonharia quem tivesse ainda decoro. Mas não, quem tem a tutela desta área da governança na Educação finge que não é nada com ele e os operacionais da dgae implodida dão respostas por escrito de tipo “não me comprometo com nada” ou, pior, aconselhando a que se as coisas não parecem bem se recorra a outras instâncias.
Isto é tudo uma vergonha a céu aberto, mas o que interessa é fingir que nada se passa de grave.
Lá Por Fora
School board members face growing threats across America
The text messages came just days after Sami al-Abdrabuh was re-elected to the school board in Corvallis, Ore.
The first, he said, was a photograph taken at a shooting range. It showed one of his campaign’s lawn signs – the “Re-Elect Sami” – filled with bullet holes.
The second was a warning from a friend. It said that one of his neighbors was looking for Mr. al-Abdrabuh. The neighbor was threatening to kill him.
Like many school board races this year, the one in May in Corvallis, a left-leaning college town in the northwestern corner of the state, was particularly controversial, not only about the coronavirus pandemic, but about the teaching of Mr. Too. Al-Abdrabuh called the “dark history” of America’s struggle with race. Even months later, Mr. Al-Abdrabuh, the chairman of the school board, is still taking precautions. He regularly talks to the police and scans his driveway in the morning before walking up to his car. He often mixes up his daily commute to work.
(…)
Sábado
Claro que há quintais diferentes, com fauna diversa, pelo que não vou dizer que os alunos não estão ansiosos, apáticos, “desfasados no desempenho” (whatever that means) ou preocupados com as provas finais. Acho que depende muito dos contextos sociais e familiares, assim como das idades. No caso da minha limitada observação directa, parecem apenas ter-se acentuado as características pré-existentes: os que eram calados ficaram mais calados; os mais agitados entraram em roda livre. No casos destes, há quem tenha perdido quase por completo a noção das regras de civilidade básica e estão selectivamente surdos a qualquer recomendação ou indicação (cruzes, “ordem”, nem pensar) a esse respeito. A menos que seja acompanhada de um inconsequente aviso cobre as consequências. Porque a maioria já interiorizou que já vale qualquer coisa e que, chegando ao momento da avaliação final, vencerá em quase toda a linha a teoria do “coitadinhismo”, se não chegar a intimidação dos professores mais arcaicos no sentido de demonstrar que “rubricaram” todas as avaliações à moda das abelhas maias e que deram bui da fidebeque sobre as aprendizagens perdidas em combate (ou melhor, desprezadas de forma activa).
Claro que existem excepções. O que seria das regras sem elas?