@s Recadeir@s

Já nem falo daqueles pessoas que levam o que ouvem ao “poder” a ver se lhes caem no goto. Falo mesmo de quem se presta a trazer os recados desse “poder” para os ambientes mais plebeus dos professorzecos regulares. Há uns anos, observava como uma certa criatura se desdobrava na sala de professores a seduzir almas moderadamente cépticas. levando-as para o caminho “certo”, com chilreios ao ouvido. Ganhou com isso, é bem verdade, mas houve quem tivesse ficado pelo caminho para tal. Há não muito tempo, em sede de recurso, assisti a uma colega que se prestou ao mais triste papel de moçoila de recados e senti-me embaraçado com aquela chamada “vergonha alheia”. Porque para se subir, as pessoas não deveriam horizontalizar-se tanto.

O Assunto Merece Um Olhar Demorado

Porque há muito dinheiro em jogo, mas também há, por vezes, poupanças que só prejudicam os aluno

Governo e autarquias fizeram contratos num total de 200 milhões de euros em dois anos para refeições escolares. Este é o retrato de um negócio que envolve muito dinheiro, mas em que a precariedade e os baixos salários continuam a estar presentes.

2ª Feira

Isto terá salvação ou esta malta conseguiu dar cabo disto de vez? Os serviços do ME são meras extensões que pressionam para operacionalizar as políticas, mesmo com evidente desrespeito das leis que colocaram prática. Os mais recentes remendos em termos de add demonstram a incapacidade para reformular o modelo, insistindo num que, para além de iníquo, é inexequível com um mínimo de rigor. Quanto à menina dos olhos do secretário Costa – passa por ser a parte pedagógica e curricular – tornou-se um albergue para tudo aquilo que um grupo de amigos tenha para explorar. Algumas das mais recentes tendências seriam de assustar qualquer opinião pública informada, porque tornam a Escola Pública uma espécie de pout-pourri de toda a parlapatice disponível por aí, desde que alguém por lá tenha as ligações certas. Aquilo que um governante apresenta como tendo eficácia comprovada é apenas mais uma nova treta pós-new age acrescentada a outras tretas que se fazem passar por serem “século XXI. Acho que só algum decoro residual – ou falta da pessoa certa que tenha passado pelos escuteiros ou pelos meandros do partido que governa e periferias – é que impediu que até agora se tenha introduzido no currículo a leitura de booras do chá, o lançamento de búzios, a análise dos cristais ou o yoga do riso. Pensando bem, a risioterapia (embora numa versão a sério, com bons comediantes e não charlatanices certificadas) talvez nos ajudasse a aguentar estas porcarias todas sem uma sensação de enorme impotência perante a idiotice.