Em especial em casos que me tocam directamente.
O estudo de que tanto se fala está na site da DGEEC. Tem uma interessante revisão da literatura sobre o tema, parte da qual é bastante informativa, mas só parcialmente relevante para o nosso contexto.
Em termos metodológicos, baseia-se numa lógica de evolução “previsível” em que as variáveis evoluem de forma constante ou de acordo com os mesmos ritmos ao longo do tempo. Não vou andar a contestar certas opções, porque eu faria a coisa de modo muito menos “sofisticado”. Claro que preferiria complementar tudo isto com um inquérito alargado acerca de quem prevê sair antecipadamente da profissão, não apenas com base em médias de x anos, mas é óbvio que isso seria mais demorado.
Há outros detalhes que se nota resultarem de quem não está por dentro do assunto e o olha pela lupa externa da estatística, como é o caso da confusão na identificação dos grupos de recrutamento, algo que poderia ter sido solucionado com uma revisão científica do estudo. Por exemplo, o grupo 210 (2º CEB) corresponde ao de Português e Francês (quase inexistente) e não ao de “Português e Estudos Sociais/História” como aparece no estudo; mais adiante (pp. 55 e 65) já se faz uma descrição diferente desta realidade, o que transmite a sensação de algumas partes do texto terem autorias diferentes, que não cruzaram a informação usada. O grupo de Alemão aparece como 240 quando é o 340, assim como os grupos de Informática e Artes Visuais surgem trocados (páginas 44 e 45). Para além de que assumem a existência de uma disciplina (EVT) que há cerca de uma década está dividida em duas.
Claro que me vão dizer que são meros detalhes. Exacto. Só que se erram em coisas tão “menores” e de fácil verificação, quem me diz que acertaram nas mais complicadas que me escapam, pois não tenho acesso aos mesmos dados que eles tiveram?
Falta-me é tempo (paciência e financiamento) para ir já verificar outros valores inseridos no estudo e que podem também padecer de alguns “lapsos” menores.
Concordo em absoluto! Algo tão básico como os grupos de recrutamento com erros, não inspira muita confiança no resto.
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Como é possível?
Não são minudências!
É pura incompetência!
Simples.
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Outro deslize: o grupo de docência 230 há largos anos que leciona Ciências Naturais e não ciências da natureza
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