Acho curioso que existam pessoas que se candidatam a cargos e depois se queixam do imenso trabalho que dão. Ou que quando apresentam intervenções públicas sobre temas relacionados com esses cargos se queixem que se estabeleça essa relação. Ahhh… e existe ainda aquele outro argumento que é o de dizer que se candidatam porque alguém tem de assumir a “responsabilidade” de “construir soluções” ou qualquer paráfrase desta vacuidade. Como se o caos estivesse à espera se eles não aparecessem. Confesso a minha falta de subserviência perante figuras de autoridade que uns dias a assumem e em outros não, dependendo das conveniências. O mesmo se aplica a malta que, depois de lutar por ser premiada, parece viver esse estatuto como se de um sacrifício se tratasse. Deixem-se de m€rd@s, pá! Se me perdoam o vernáculo envergonhado, eu que só me candidatei a dois cargos, ambos por eleição pelos pares (professores) e num dos casos nem cheguei ao fim de dois mandatos, que a mim arrepiam as práticas feudo-vassálicas seja em que contexto for, porque tenho os joelhos com articulações um bocado gastas pelo peso e uma colecção de vértebras pouquíssimo flexíveis.
E quem quiser que agarre o manguito.
Os governantes criaram por cá uma espécie de guardadores do Inferno. Estes adquirem de si uma visão deturpada. Pensam que têm muito poder, julgam-se únicos, consideram que se eles não existissem ninguém faria nada. Acham até que a sua incompetência é um mal menor por estarem sob a benção de seres encantados.
Fascinados pelo cheirinho de pequeno poder começam a delirar, a ter como único objectivo manter o posto. Opinam atabalhoadamente sobre tudo, mesmo sobre temas que pertencem ao foro mais especializado de determinados profissões dignas e honestas. Fazem-no na ânsia de agradar e essencialmente porque na sua visibilidade relativa adquirem um complexo de estrela em ascensão. Não vêem que caem no ridículo porque os mais graúdos, que dependem de quem lhes financia as campanhas, só precisam de os cevar até certo ponto, tal como eles são cevados por outros. Porém, o resto do mundo não é um conjunto de totós e de incapazes, como todos eles pensam!
Digamos que esse resto de mundo lhes vigia as manobras a uma distância de segurança capaz de resguardar da conspurcação.
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Vendem-se por pouco!
Ao pó voltarás, como diria o guedelhas que vai nascer agora em Dezembro.
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30 anos consecutivos de poder !!!!!
Sem eleições, há 20!!!
Não, não estou a falar do “antes do 25 de abril”. É do presente, no Portugal que se diz democrático.
Por que será que nenhum m outro cargo neste país se encontra nestas condições?
Não há almoços grátis.
É para fazerem o trabalho sujo.
Sabem do que estou a falar!
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Verdade, caro Rui.
Estes tipos ocupam os mesmos cargos há 30 anos!
E não, não estamos a viver antes do 25 de Abril!
Dá que pensar, não dá?
Qual é a qualidade da democracia em Portugal?
E ocupam há 30 anos não porque não existam outras alternativas, não porque não existam mais pessoas melhores e mais qualificadas.
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Eu ainda gostava de ver alguns cientistas sociais como o João Teixeira Lopes, ou o Costa Pinto (só para nomear alguns de reconhecida credibilidade e independência,
nada de vendidos) desmontar a perversão da engenharia social feita por esse ser de um instituto superior chamado Lurdes Rodrigues ao criar com os seues acólitos o modelo de gestão escolar que existe.
Facilmente provariam também que a tramóia, além de se fundamentar nos tiques autoritários de outras eras, bebe falsidade e espertismo saloio para aparentar democraticidade e enganar puritanos.
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… e ainda, estão todos muito cansados, cheios de trabalho e nunca têm férias!!!! Não são obrigados a submeter-se a tamanho martírio, mas… Demissões? NEM UMA!!!!! Fartam-se de reproduzir a máxima “se soubessem o que custa mandar, preferiam obedecer”. Sabem quem foi o autor?
Enganam os tontos!
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A humanidade apressando o passo para a sua extensão! A humanidade está apressadamente sufocando a sua existência, tornando-a insuportável!!!
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