O Flop Mediático Do Ano

A alegada “CNN” Portugal é algo que ultrapassa a desilusão, para se ficar pelo mero golpe de publicidade com base numa “marca”. Começou com a selecção de marretas nos comentadores (os do costume, mais umas tias idas buscar ao baú do grupo de Balsemão) e continua com a forma como tudo é apresentado, desconchavado, sem um “olhar” próprio que não seja a vã tentativa de combater as audiências da CMTV.

Só isso explica que tenha desenterrado o “rosto novo” do Marinho Pinto para comentar o caso Rendeiro. O homem é o que é e não se pode esperar grande coisa de diferente, pelo que a escolha não pode ser inocente ou ingénua. Há bocado, desplantava-se o comentador que achava mal o “afã de Portugal” em fazer Rendeiro regressar a Portugal porque, na sua opinião pessoas como “o doutor Rendeiro” deviam fugir de Portugal, que ele acha que assim o país ficaria melhor. Eu percebo que ele tenha o chip de advogado de defesa e aquilo dispare em qualquer situação, mas há limites para a falta de senso. portanto, Um tipo comete crimes pelos quais é julgado, transitando em julgado a sua prisão efectiva (o que entre nós é o que se acha mais perto de um milagre natalício) e o comentador da “CNN” Portugal para o tema acha que ainda bem que fugiu e que deve ficar longe e as autoridades portuguesas nada devem fazer para que regresse e cumpra a pena. E como ele, quaisquer outros, só não percebendo se este ex-muita coisa estende a sua apreciação a todo o tipo de criminosos condenados se apenas aos endinheirados.

Até a dupla de pivôs ficou engasgada e, quando eu já estava a zarpar dali para fora, a tentar dar alguma seriedade à palhaçada.

(imagem sacada à página “Biblia mt engrasada”)

Em Tempos De Campanha Bate Uma Amnésia Do Caraças

São coisas destas que, queiram ou não, desacreditam a política, revelando o quando não passa, em tantos casos, por mero oportunismo. Nem merece o tempo de ir ao google buscar as vezes em que David Justino alinhou na desvalorização e apoiou quem a promoveu. Desde a amizade com Maria de Lurdes Rodrigues e o apoio à generalidade das suas medidas quanto à carreira docente ao apoio ao indecoroso processo da PACC durante o mandato de Nuno Crato. Não esquecendo aquela medição a olho dos professores que nunca o deveriam ter sido, a enorme preocupação em apresentar custos inflacionados sobre a redução dos alunos por turma (em que só contava com a despesa bruta, ignorando a receita fiscal que cativa logo mais de um terço dos salários nominais) e a imensa ambiguidade em relação à reposição do tempo de serviço congelado.

Há ambições do caraças, pelas quais há seja capaz de tudo e o seu contrário, uma e outra vez.

(penso que será uma rasteira falar em prefácios, certo? até porque acredito piamente que terão sido graciosos e desinteressados)

6ª Feira

Dia para começar a tratar das papeladas (virtuais e físicas) para as reuniões da próxima semana. Nada de especialmente grave, excepto a sensação de que cada nova plataforma ou ferramenta para “facilitar” o trabalho dos professores só vem acrescentar redundância. Há um princípio muito simples para a utilização das tecnologias, em especial bases de dados ou grelhas para registo e avaliação de atividades ou desempenhos e que é o de, criada a estrutura original e feitos pequenos acertos à medida que se encontram falhas, omissões ou duplicações, a coisa servir para durante uns tempos funcionar em velocidade de cruzeiro e, realmente, facilitar o trabalho. Só que, com todas as minudências ou maiordências que todos os anos surgem por inspiração divina da tutela ou mera volúpia local de mudança, há sempre que refazer quase todo o trabalho já feito, num loop incompreensível, excepto para quem tem muito tempo por preencher em virtude de vida com muito vácuo existencial. Calma, nem me estou a queixar-me muito em termos pessoais (não é preciso irem já fazer cochichos à esquina que o gajo está outra vez na má língua), apenas me apercebo de que parece ter-se entranhando na Educação a “cultura da redundância burocrática”, bem mais daninha do que a mítica “cultura da retenção”.