6ª Feira

Dia para começar a tratar das papeladas (virtuais e físicas) para as reuniões da próxima semana. Nada de especialmente grave, excepto a sensação de que cada nova plataforma ou ferramenta para “facilitar” o trabalho dos professores só vem acrescentar redundância. Há um princípio muito simples para a utilização das tecnologias, em especial bases de dados ou grelhas para registo e avaliação de atividades ou desempenhos e que é o de, criada a estrutura original e feitos pequenos acertos à medida que se encontram falhas, omissões ou duplicações, a coisa servir para durante uns tempos funcionar em velocidade de cruzeiro e, realmente, facilitar o trabalho. Só que, com todas as minudências ou maiordências que todos os anos surgem por inspiração divina da tutela ou mera volúpia local de mudança, há sempre que refazer quase todo o trabalho já feito, num loop incompreensível, excepto para quem tem muito tempo por preencher em virtude de vida com muito vácuo existencial. Calma, nem me estou a queixar-me muito em termos pessoais (não é preciso irem já fazer cochichos à esquina que o gajo está outra vez na má língua), apenas me apercebo de que parece ter-se entranhando na Educação a “cultura da redundância burocrática”, bem mais daninha do que a mítica “cultura da retenção”.

Uma opinião sobre “6ª Feira

  1. Redundâncias

    A DRET ( Direção Regional de Educação de Traseiras ) remeteu ao Ajuntamento local um fabuloso ofício contendo mais umas inovações :
    ” Ficam Vs. mercês informados de que terão de enviar – às entidades a seguir mencionadas – uma fotocópia de todos os papéis da avaliação do 1º período :
    a) à Junta de Freguesia.
    b) ao cabo da Guarda, comandante do posto.
    c) ao bispo da diocese – só em caso de, pelo menos, 50% dos docentes serem católicos.
    d) ao vereador da Educação da cambra, perdão, da Câmara.
    e) ao Centro de Saúde local”.

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