3ª Feira

Não sou a pessoa mais cordata do mundo ou tenho pretensões a exibir uma educação superior à maioria. Mas chateia-me e a paciência escasseia quando leio certas pessoas que se amofinam se são mal tratadas ou qualificadas do que desgostam, a fazer o mesmo aos outros, numa de olho por olho, à Antigo Testamento. Por vezes, gente muito católica e Novo Testamento, amai-vos uns aos outros e tal em outras matérias. Portanto, não me apetece ser qualificado como “picado” apenas porque aceito ser vacinado e espero fazer o reforço da dosagem contra o “bicho”, que as duas primeiras doses passaram como um copo de água, só que com meia hora de espera a ver se caía bem. “Picado” fui logo após nascer e ainda bem que quase somos todos desde meados dos anos 60. Amigos meus com mais 2-3 anos só foram picados tardiamente e bem que sofreram à conta disso, a começar pela polio. No meu caso, a falta de um “reforço” fez com que aguentasse um camadão de sarampo à boa e velha moda. Tomara que a minha mãe não fosse então céptica com o “experimentalismo” das vacinas, porque quem as pagou fui eu. Depois disso, fui “picado” à brava para recuperar o atraso. Não é que o termo seja em si muito ofensivo, mas o contexto em que surge na boca e teclado de certas criaturas é no sentido de sermos “picados” como o gado ou a boiada nas touradas. E isso, que me desculpem aqueles a quem até trato apenas como “relativistas” e sabem comportar-se sem arrotar à mesa, dá-me vontade logo de mandar cert@s libertári@s à m€rd@ e esquecer quaisquer pruridos de etiqueta

Sim, sou vacinado e continuarei a sê-lo enquanto a relação ganhos/risco for claramente positiva, que eu não tenho medo de ficar com o “sangue impuro” ou que o meu adn fique corrompido, até porque já deixei descendência com o adn e sangue puríssimos, a menos que a vacina do tétano também seja o resultado de um conspiração global da China com o Biden, o Soros, o neo-capital global em qualquer nova versão dos Protocolos dos Sábios do Sião. Porque há quem fale em estratégia do medo, mas use a do terror, em pouco se distinguindo na retórica e estratégia comunicacional.

Concluindo, se é para darmos uma de Velho Testamento, a cada “picadela” que eu ouça ou leia por aí em tom de superioridade de sangue puro, levarão o devido tratamento de volta, à Cro-Magnon digital. Querem respeito? Respeitem. Querem liberdade? Só para vocês ou podemos todos usá-la? São muito ciosos da vossa pureza? Então, não fiquem a olhar para a sanita depois de fazer e não usem papel higiénico perfumado, muito menos de dupla folha, que vos enfia rna marado por ali acima. Limpem com o dedo e depois a folhas de couve.

24 opiniões sobre “3ª Feira

    1. O Paulo auto-elogia-se por ter levado a 3ª pica e se calhar fará o mesmo na 4ª, 5ª e mais as que vierem que o bicho veio para ficar. Está no seu direito, claro.
      Infelizmente, prefere passar ao lado das dezenas de milhar de mortes pela vacina, dos milhões de efeitos secundários graves, do tabu instituido sobre tratatmentos, da proibição de autopsiar os mortos pela vacina, do recente relatório confidencial que a Pfizer foi obrigada a libertar, dos 16.000 médicos e especialistas que se pronunciaram contra a vacinação das crianças, da férrea censura que apaga tudo o que não seja a narrativa oficial em vigor, mesmo oriundo de grandes especialistas, enfim, querem que continue? Não me perguntem a mim. Questionem a vossa pp consciência….

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        1. Eu não pretendo provar nada. Apenas me limito aos factos que o establishment detesta. Podem consultar as agências internacionais, mas lembrem-se que os números aí publicados são apenas a ponta do iceberg. UE = mais de 20.000 mortos pela vacina. EUA idem. Pensem tb na razão pela qual ninguém fala em tratamento. Porque será?

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      1. O meu problema com algumas pessoas é que é difícil discutir com quem não percebe frases simples.
        Não é que seja importante para o argumento, mas em que parte eu me auto-elogio por ter levado “a 3ª pica”?
        Pode transcrever essa parte do meu post?

        Outra coisa… atendendo a que refere o que penso serem factos, poderia apresentar as suas fontes?
        Seriam úteis, em especial se não forem daquelas que já foram desmentidas.

        Como já aconteceu, por exemplo, neste caso: https://www.reuters.com/article/factcheck-coronavirus-usa-idUSL1N2R00KP

        Preferia que me demonstrasse essas dezenas de milhares de mortes sem ser apenas pelo parece-me que… ou com fonte única de credibilidade mais do que duvidosa.

        Infelizmente, a prática de demonstrar o que se afirma não é alargada.

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    1. Podem consultar a AEM, a CDC, a Declaração de Roma, “The Defender”, International Alliance of Physicians and Medical Cientists, EudraVigilance e tantas outras. Basta a constatação de que os países com maior taxa de vacinação têm o maior nº de casos. Inversamente, em África a doença tem um nível residual. Porque será????

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      1. Não consegue copiar os links?

        Não sabe porque em África a doença tem um nível residual?
        Em parte porque a concentração populacional é menor, assim como o estilo de vida é diferente. Um pouco como cá acontece com o Alentejo.

        Mas mesmo assim há 1 milhão de contágios a cada 25 dias.
        https://graphics.reuters.com/world-coronavirus-tracker-and-maps/pt/regions/africa/

        Porque a variante ómicron lixou o argumento que era válido até meados de 2021.
        https://observador.pt/especiais/porque-e-que-africa-se-pode-tornar-o-continente-da-covid-o-que-se-pode-seguir-depois-da-omicron/

        Está a ver, em poucos minutos respondi, demonstrando o que afirmo.

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        1. Eu tb não morro de amores pela DGS e menos ainda pela Gracinha, mas é forçoso interrogarmo-nos sobre as razões por que o discurso não coincide com os números. Aliás, foi ela que disse que em caso de sintomas ou de teste positivo o que há a fazer é confinamento. Tratar a doença isso é que nunca. Estamos sempre a aprender com quem sabe tanto!!!

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  1. José Oliveira… sabe o que é um raciocínio tautológico?

    Eu demonstro:

    O José afirma A.
    O Paulo pede-lhe provas.
    O José apresenta um estudo e acha que A está provado.
    O Paulo apresenta-lhe uma verificação de factos que demonstra que o estudo está errado.
    O José declara que está provado que está certo, porque os media conspirativos estão a abafar a verdade.

    Conclusão: o José está sempre certo (mesmo que diga que não quer provar nada).
    E o Paulo fica a remoer a “sua própria” consciência.

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    1. Falso. Eu não apresentei estudo nenhum até porque estudos há muitos e para todos os gostos. Limitei-me a alguns factos os quais, esses sim, estão sempre certos. Mas há sempre quem goste mais da narrativa oficial. De qq modo podemos sempre confrontar os números da DGS com o discurso da mesma entidade para ver que algo não bate certo. Porque será?

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      1. Penso que voltou a não perceber o que escrevi.
        Descrevi o funcionamento de um raciocínio tautológico com exemplificação hipotética. O “José” e o “Paulo” servem como ilustração. Penso que a leitura literal do comentário não é a mais adequada, mas não me apeteceu colocar emojis a sorrir.

        Não costumo defender aqui os números ou posições da DGS.
        Se quiser, pode apresentar um texto em que o tenha feito.

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