Não fui à tropa. Não tenho fascínio por fardas. Não acredito em sebastiões salvadores da Pátria. Nem acredito em insubstituíveis. Mas acredito que há quem desempenhe melhor as suas funções do que outras pessoas e que, podendo ser substituídos, há indivíduos o serão com maior ou menor dificuldade. Por isso, acho que o papel de Gouveia e Melo no primeiro semestre deste ano foi muito importante, até pela forma como falava e agia, para meter alguma ordem na natural desordem tuga. Agora, há quem goste de apoucar o que fez, de o considerar vaidoso e de lhe assacar pecadilhos que são claramente de outros. Mas há quem viva com traumas e complexos toda uma vida. E certos anti-militarismos parecem-me mais do foro de uma “névoa mental” prolongada do que de qualquer análise lúcida da realidade (sim já sei, a realidade é umas construção individual e blá-blá-blá, até levares uma bela chapada na cara e te dizerem que foi uma ilusão e que nada aconteceu).
Portantosssss…. nisto da vacinação anda lá um senhor que também tem farda ou pelo menos aparece em algumas ocasiões. Mas não é por isso que as coisas andam bem. Como acharam que já estava ganha a “guerra”, desmontaram muitas tendas e a organização razoavelmente disciplinada de outrora deixou de ser generalizada e há sítios onde falta em boa escala. Assim como a lógica da vacinação passou a ser uma confusão, assim meio retalhada de acordo com as circunstâncias. Veja-se o caso da dos professores.
Mandaria a lógica que, como foi com as duas primeiras doses, o reforço fosse feito de modo ordenado, com as pessoas a serem contactadas para o fazer. E a verdade é que isso se começou a passar com algumas pessoas nas últimas semanas de Dezembro, que receberam a mensagem com dia e hora para a 3ª “pica” (não esqueçamos que somos o rebanho dos “picados” para as pessoas mais inteligentes que aí andam a ameaçar quem aparece na televisão a dizer coisas de que discordam), só que forma pouco sistemática, assim como se fosse para tapar “furos”. Mas, com a mesma idade, há quem não tenha recebido qualquer contacto. Agora, como terão recebido menos inscrições do que as esperadas para a petizada, decidiram abrir as tardes de 5ª feira a domingo para professores e pessoal não docente em regime “casa aberta” (o mais próximo do “à balda” que se pode arranjar, pois é a forma mais simples de se formarem filas na rua, mesmo se o Inverno está ameno) ou de senha digital. O problema é que já me foram relatados casos em que a “senha” traz a hora e o local, mas não o dia; e em alguns locais de vacinação casa aberta e agendamento ficam na mesma fila, o que só leva a confusão. Há locais onde as filas são separadas e tudo corre muito bem. Mas deixou de ser a regra clara, pois as excepções são muitas.
Por isso… arranjem lá um boneco em tamanho natural do actual CEMA que pode ser que funcione e ajude certas pessoas a perceber que mais vale usarem o que foi aplicado e funcionou, em vez de andarem a reboque e a querer apresentar serviço só porque dá jeito à campanha e agrada ao amplo Arco da Tranquilidade, que agora alia os “radicais” anti-vax e os pastores do sistema, no esforço por calar quem não faz parte das trincheiras instaladas.
Fui ontem, mas auto-agendei pelo critério da idade. Não esperei que me chamassem enquanto professora. Nem estava à espera que hoje “abrissem a casa” nos intervalos entre os miúdos. Mas nem todos os docentes estão dentro do critério idade.
Vê-se mesmo que esta medida tomada hoje foi à pressa. Vá-se lá saber porquê… serão as eleições?
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Não, é só o medo de ficarem com os filhos em casa.
Se algum aluno me vier dizer que prefere a escola a ficar em casa, a ter aulas online, juro que denuncio a família às autoridades competentes. Só pode significar que a família é negligente, desestruturada, pouco interessada no bem estar da criança e, por isso, a necessitar de acompanhamento. Uma criança ou jovem, devidamente acompanhado, não fica com perturbações mentais por ficar em casa, a não ser que seja mal tratado e ignorado.
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👏👏👏
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Pois! Conheço um centro de vacinação que por decisão própria aceita qualquer pessoa para levar a 3ª dose mesmo abaixo dos 50 anos bastando apenas ter levado a 2ª dose há mais de seis meses. No concelho ao lado já não acontece o mesmo. A estratégia deveria ser nacional. Fala-se tanto do peso do estado mas parece que não existem uns simples coordenadores incumbidos de organizar tudo isto.
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Fui convocada para levar a dose de reforço e, como todos os que lá estavam, esperei quase duas horas até chegar a minha vez.
Além da incompetência (por chamarem pessoas em quantidade bem acima da capacidade de atendimento), sujeitam as pessoas a esperar à chuva ou empilhadas que nem porcos num camião.
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