Quando servimos para apoiar causas que dão jeito e divulgar posições, ai que bom, que bom. Mas se aparecemos um dia a questionar as fontes de certas afirmações, é um desvario e completa perda de controlo. Deve ser a tal “névoa mental” de que se fala e eu já referi mais abaixo. Se mandam uma mensagem e não se responde logo a agradecer não sei o quê, praticam o desamiganço virtual (ai, a triste submissão ao espírito dos tempos em trânsito) a que chamam “remoção de amizade”, como se isso me despertasse algo mais do que a prova da incapacidade de lidarem com o contraditório.
Se já removi amizades ou bloqueei comentários? Sim, quando me foram dirigidas ofensas ou ameaças pessoais (e nem foram poucas ali há uma boa dúzia de anos), ou quando me imputaram (pelas costas) actos e malfeitorias que nunca cometi (chegam-me para ir para qualquer Inferno as de que fui efectivamente responsável). Mas porque me pedissem para dar substância a uma afirmação errónea ou sem base empírica? Não, posso ter ficado chateado (em especial comigo, se a crítica foi certeira) e tento corrigir onde falhei ou retiro mesmo o que escrevi (coisa mesmo muito rara), se alguém foi desnecessariamente atingido. A minha liberdade tem limites e admito que algumas vezes acabo a auto-censurar-me para ficar dentro desses limites. Mas a minha tolerância também os tem, mesmo se tenho casca grossa e a minha auto-imagem não entra em colapso se não me respondem a uma mensagem num par de horas. Acho que muitas vezes me acham “arrogante”, apenas porque não tenho paciência para coisas escusadas ou redundantes.
O que lamento mais? Que algumas pessoas ainda sejam professor@s (mas não posso, nem quero, fazer nada acerca disso). Porque acho que estariam melhor numa central de comunicação, onde pudesse haver uma tabela de remunerações pelos serviços prestados pelas figuras tristes em nome da “liberdade de expressão”.