Já houve tempo em que ser “jornalista” não era apenas despejar preconceitos em letra impressa. Se há professores “ignorantes”? Este tipo de generalização mais do que abusiva equivaleria a dizer que há direcções de publicações que fomentam informação movida a fretes e encomendas. É verdade que este tipo de “conversa de café”, babosenta, é ajudada por quem, a partir e dentro, não consegue parar de disparar sobre quase tudo e todos os que lhe fazem sombra e frente, tratando-os como vis e desonestos. Mas pensava que existia limites para o que pode considerar “opinião”, em especial num caso de chefia que devia ter o pudor de não largar bojardas destas. O que poderia eu dizer (com excepções honrosas) de gente que ao longo dos anos me ligou lá do sítio a pedir informações e não só e depois se esquecia sempre da fonte?
Gente inchada, Paulo!
Não se veem ao espelho…
GostarGostar
Imprensa falida, jornalistas ao serviço (avençado) do poder…
GostarGostar
Caro PG,
Substitua “professores” por “jornalistas” e “A escola pública” por “O jornalismo luso”.
Assunto arrumado!
GostarGostar
Mas o pascácio tem de agradar ao patrão, senão…
Paulo Fernandes, patrão do grupo Cofina – do qual também fazem parte, além do CM e da CMTV, a revista “Sábado”, o “Jornal de Negócios” e o “Record” -, foi identificado na fuga de informação de 11,9 milhões de ficheiros que está na base dos Pandora Papers como o beneficiário efetivo de uma companhia offshore nas Ilhas Virgens Britânicas em 2005, a Hallowell Holding S.A, entretanto liquidada, em 2009.
GostarGostar
Basta ver o que escrevem/dizem sobre os mais recentes ataques informáticos ou sobre os hábitos do jovem do atentado à universidade, para facilmente concluir que a ignorância não é exclusiva dos professores.
Segundo as cabecinhas pensadoras que nos governam, até disso temos culpa.
GostarGostar
Ignoro uma pessoa destas. Esta gentalha
é pior que as meninas de rua. Ao menos estas, por várias necessidades andam nessa vida. Ao ter chegado ao cargo que chegou alegadamente, lambeu muito e vendeu-se ao desbarato.
GostarGostar
Jornalismo de ca cara ca ca preguiçoso. Cai em patranhas e vende-se por cinco reis. Não investiga e deixa-se usar pelos StratCom da Nova Arte da Guerra.
Eles que vão mas é estudar e fazer uma espécie de juramento de Hipócrates pela verdade e imparcialidade numa profissão que em vez de informar tem cada vez mais servido a arte de manipular!
GostarGostar
“A escola portuguesa precisa de cuidados básicos.”
Concordo. Acrescento, a imprensa portuguesa precisa de jornalistas honestos. A maioria já nem disfarça…
GostarLiked by 2 people
Já desisti. É deixá-los a falar sozinhos. Os professores serão cada vez menos e mais tarde ou mais cedo o problema terá de ser encarado de frente. Afinal, os pais das crianças que ficarão sem aulas são cidadãos eleitores. E nem os “Santos Privados” lhes hão de valer, também aí faltam professores e continuarão a faltar cada vez mais.
GostarLiked by 1 person
Excerto do opúsculo “As Páginas Mais Negras da História”, encontrado nas ruínas da biblioteca paroquial de Traseiras de Judas, reveladas durante as escavações realizadas para a construção de uma unidade de sobrevivência pós-climática em 2222 D.C.
“De um certo ponto de vista, haverá professores em falta e jornalistas em excesso.
Ora, a lei da oferta e da procura transformou-se, nas últimas décadas, em simples lei da oferta. A classe dominante passou a cartelizar o mercado global e mantém um excedente de mão-de-obra disponível. É isso que determina o rigor com que se aplicam os princípios deontológicos nestas duas profissões e leva ao servilismo da classe dos jornalistas.
Mas, de facto, podemos dizer que não há também falta de enfermeiros ou professores, porque não há intenção de continuar a providenciar determinados serviços à mão-de-obra barata que se tornou desnecessária pela automatização e informatização. A mão-de-obra em excesso passou até a ser considerada como factor de desequilíbrio ecológico e será tratada como excedente a eliminar de forma “humanamente aceitável”, de forma a não causar reacções em cadeia.
Os Estados Unidos precisaram em tempos de unir-se num só país, para poder ultrapassar pela demografia o poder europeu. Agora, a China e a Índia seguem a mesma lógica, mas os avanços nos métodos de controle de natalidade e mortalidade permitirão ajustes mais rápidos, num futuro próximo, quanto a sobrepopulação deixar de ser um argumentos geoestratégico.
O problema da escola resolver-se-á assim, do ponto de vista da classe dominante, com a eliminação da procura. Poderá haver, momentaneamente, um desequilíbrio nas velocidades com que desaparecem os professores e os alunos. A médio prazo o sistema ajustar-se-á.
Há com certeza um desequilíbrio nas velocidades com que desaparecem os órgãos de informação social e os jornalistas, fruto da miragem com que enganaram uma geração inteira de adolescentes, a qual afirmava que, “quando fosse grande”, queria ser jornalista. De facto, ainda é preciso assegurar o excesso de mão-de-obra nesta classe, porque o serviço que prestam ainda é necessário como instrumento de condicionamento daqueles que, à falta de uma verdadeira escola, foram abandonados. Também aí o sistema se ajustará e, quando não for preciso manter o servilismo dos jornalistas, deixaremos de ter excesso de mão-de-obra neste sector.
Ao ouvirmos um empreiteiro, um comerciante ou um hoteleiro, um director escolar ou hospitalar a queixar-se da falta de pessoal, deveremos entender isso como uma rendição absoluta, uma vez que essas instituições, no grande esquema das coisas, estão já condenadas à extinção.
Hoje em dia tornou-se desnecessário empreender viagens onerosas para ir buscar escravos e são eles que vão bater à porta dos seus mestres. Por isso, a ideia de que é preciso recorrer à imigração para servir nos projetos financiados pela esmolas da Europa, é também, em si mesma, uma declaração de total rendição. Desta feita, a rendição de um país que já não consegue existir.”
GostarLiked by 2 people
Talvez os professores sejam “ignorantes” por serem “informados” há muito por jornalistas cultíssimos e esclarecidos. Enfim…
(Salvaguarda feita aos jornalistas “ignorantes”.)
GostarGostar
já a minha avó pensava que ignorante não é quem não sabe ler mas tão somente ignora o que é escrever… mas há escola para esses que sabem línguas!
GostarGostar
Já se esqueceu o referido diretor-adjunto dos agradecimentos que foram feitos aos/às docentes durante a 1ª vaga da pandemia? Há muita gente a precisar de tomar memofante!
GostarGostar
E o país que buscava não existe…ainda não existe… (M. Alegre)
GostarGostar
Morgado, magistral!
👏👏👏👏👏
GostarLiked by 2 people