É Esta A Opinião Que Tem o Director-Adjunto Da “Sábado” Sobre Nós

Já houve tempo em que ser “jornalista” não era apenas despejar preconceitos em letra impressa. Se há professores “ignorantes”? Este tipo de generalização mais do que abusiva equivaleria a dizer que há direcções de publicações que fomentam informação movida a fretes e encomendas. É verdade que este tipo de “conversa de café”, babosenta, é ajudada por quem, a partir e dentro, não consegue parar de disparar sobre quase tudo e todos os que lhe fazem sombra e frente, tratando-os como vis e desonestos. Mas pensava que existia limites para o que pode considerar “opinião”, em especial num caso de chefia que devia ter o pudor de não largar bojardas destas. O que poderia eu dizer (com excepções honrosas) de gente que ao longo dos anos me ligou lá do sítio a pedir informações e não só e depois se esquecia sempre da fonte?

Sábado, 10 de fevereiro de 2022, p. 37.

16 opiniões sobre “É Esta A Opinião Que Tem o Director-Adjunto Da “Sábado” Sobre Nós

  1. Mas o pascácio tem de agradar ao patrão, senão…

    Paulo Fernandes, patrão do grupo Cofina – do qual também fazem parte, além do CM e da CMTV, a revista “Sábado”, o “Jornal de Negócios” e o “Record” -, foi identificado na fuga de informação de 11,9 milhões de ficheiros que está na base dos Pandora Papers como o beneficiário efetivo de uma companhia offshore nas Ilhas Virgens Britânicas em 2005, a Hallowell Holding S.A, entretanto liquidada, em 2009.

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  2. Basta ver o que escrevem/dizem sobre os mais recentes ataques informáticos ou sobre os hábitos do jovem do atentado à universidade, para facilmente concluir que a ignorância não é exclusiva dos professores.
    Segundo as cabecinhas pensadoras que nos governam, até disso temos culpa.

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  3. Ignoro uma pessoa destas. Esta gentalha
    é pior que as meninas de rua. Ao menos estas, por várias necessidades andam nessa vida. Ao ter chegado ao cargo que chegou alegadamente, lambeu muito e vendeu-se ao desbarato.

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  4. Jornalismo de ca cara ca ca preguiçoso. Cai em patranhas e vende-se por cinco reis. Não investiga e deixa-se usar pelos StratCom da Nova Arte da Guerra.
    Eles que vão mas é estudar e fazer uma espécie de juramento de Hipócrates pela verdade e imparcialidade numa profissão que em vez de informar tem cada vez mais servido a arte de manipular!

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  5. Já desisti. É deixá-los a falar sozinhos. Os professores serão cada vez menos e mais tarde ou mais cedo o problema terá de ser encarado de frente. Afinal, os pais das crianças que ficarão sem aulas são cidadãos eleitores. E nem os “Santos Privados” lhes hão de valer, também aí faltam professores e continuarão a faltar cada vez mais.

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  6. Excerto do opúsculo “As Páginas Mais Negras da História”, encontrado nas ruínas da biblioteca paroquial de Traseiras de Judas, reveladas durante as escavações realizadas para a construção de uma unidade de sobrevivência pós-climática em 2222 D.C.

    “De um certo ponto de vista, haverá professores em falta e jornalistas em excesso.
    Ora, a lei da oferta e da procura transformou-se, nas últimas décadas, em simples lei da oferta. A classe dominante passou a cartelizar o mercado global e mantém um excedente de mão-de-obra disponível. É isso que determina o rigor com que se aplicam os princípios deontológicos nestas duas profissões e leva ao servilismo da classe dos jornalistas.
    Mas, de facto, podemos dizer que não há também falta de enfermeiros ou professores, porque não há intenção de continuar a providenciar determinados serviços à mão-de-obra barata que se tornou desnecessária pela automatização e informatização. A mão-de-obra em excesso passou até a ser considerada como factor de desequilíbrio ecológico e será tratada como excedente a eliminar de forma “humanamente aceitável”, de forma a não causar reacções em cadeia.
    Os Estados Unidos precisaram em tempos de unir-se num só país, para poder ultrapassar pela demografia o poder europeu. Agora, a China e a Índia seguem a mesma lógica, mas os avanços nos métodos de controle de natalidade e mortalidade permitirão ajustes mais rápidos, num futuro próximo, quanto a sobrepopulação deixar de ser um argumentos geoestratégico.
    O problema da escola resolver-se-á assim, do ponto de vista da classe dominante, com a eliminação da procura. Poderá haver, momentaneamente, um desequilíbrio nas velocidades com que desaparecem os professores e os alunos. A médio prazo o sistema ajustar-se-á.
    Há com certeza um desequilíbrio nas velocidades com que desaparecem os órgãos de informação social e os jornalistas, fruto da miragem com que enganaram uma geração inteira de adolescentes, a qual afirmava que, “quando fosse grande”, queria ser jornalista. De facto, ainda é preciso assegurar o excesso de mão-de-obra nesta classe, porque o serviço que prestam ainda é necessário como instrumento de condicionamento daqueles que, à falta de uma verdadeira escola, foram abandonados. Também aí o sistema se ajustará e, quando não for preciso manter o servilismo dos jornalistas, deixaremos de ter excesso de mão-de-obra neste sector.
    Ao ouvirmos um empreiteiro, um comerciante ou um hoteleiro, um director escolar ou hospitalar a queixar-se da falta de pessoal, deveremos entender isso como uma rendição absoluta, uma vez que essas instituições, no grande esquema das coisas, estão já condenadas à extinção.
    Hoje em dia tornou-se desnecessário empreender viagens onerosas para ir buscar escravos e são eles que vão bater à porta dos seus mestres. Por isso, a ideia de que é preciso recorrer à imigração para servir nos projetos financiados pela esmolas da Europa, é também, em si mesma, uma declaração de total rendição. Desta feita, a rendição de um país que já não consegue existir.”

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  7. Talvez os professores sejam “ignorantes” por serem “informados” há muito por jornalistas cultíssimos e esclarecidos. Enfim…

    (Salvaguarda feita aos jornalistas “ignorantes”.)

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  8. já a minha avó pensava que ignorante não é quem não sabe ler mas tão somente ignora o que é escrever… mas há escola para esses que sabem línguas!

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  9. Já se esqueceu o referido diretor-adjunto dos agradecimentos que foram feitos aos/às docentes durante a 1ª vaga da pandemia? Há muita gente a precisar de tomar memofante!

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