34 opiniões sobre “Relativizem Isto (E Digam Que A Culpa É Da NATO)

  1. Com certeza que a inocente NATO nada tem a ver com isto nem com outras carnificinas ainda maiores. Concordo absolutamente. Os falcões yankes agradecem reconhecidos, bem como os industriais de armamento que andaram a vnder armas aos russos faz tempo.

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    1. Há um conjunto de pessoas que são proto pretorianas de Putin que, quando confrontados com um evento relacionado com a Ucrânia, se remetem para outras “causas” que não estão em cima da mesa. Efeito pretendido: manobra de diversão.

      A estratégia comunicacional é a do André Ventura.

      Não é possível debate porque, na dialética com que se estrutura o debate, criam sempre uma “paratese”. Meu caro, comente o post!

      Como pretorianos de um ditador imperialista, agressor e causador objetivo de sofrimento humano, já não me merecem respeito. São colaboracionistas! … (ao modo francês)

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    2. Colega,
      todos sabemos que a NATO se preparava para invadir a Rússia.
      Por outro lado, a Ucrânia é um país neutral, sem qualquer direito a ameaças belicistas como o sonharem entrar para a UE.
      Por que razão ainda há gente a contestar este ato de coragem de Putin?

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    3. A NATO é a culpada da invasão da Ucrânia? É isso que está a sugerir?

      A Crimeia e a Chechénia também.

      E o Hitler, coitado, que foi empurrado pela necessidade de restauração da honra alemã pós-IGM!

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  2. Passei pelo mesmo em 74/75 graças a Rosa Coutinhos e Companhia Limitada.
    Por isso sinto no meu coração o sofrimento d@s ucranin@s, bem como dos Afegãos, Sírios, Libaneses, Iemenitas, Ioguris, etc.

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  3. Estas imagens passaram ontem numa dos canais de TV. Confunde-se jornalismo com falta de respeito pela intimidade do outro. ” Le Goût du Sang”, que leva a abrandar numa fila para ver o acidente de carro e ver o ferido, o morto, o sangue. Mórbido. Isto não é jornalismo.

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    1. Alguém a obrigou a ver?
      Quando anunciam imagens violentas “susceptíveis de impressionar os telespectadores mais sensíveis”, mudo de canal. Aliás, há dias que não vejo noticiários.

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      1. Foi a fazer zapping. E pouco vejo Tv , sobretudo nos notíciários actuais. Ninguém me obriga a ver, de facto. Os nosso reporteres de guerra 🙂 já dizem e cometem disparates de incompetência. Porque se centram no sangue, no que importa é ver mortos. Nos incêndios, em Portugal, é sempre o mesmo. Quando se ensina Jornalismo há que estar ainda mais atento a estas manipulações. Foi o que PGuinote terá querido dizer. Só falta entrevistarem um morto.

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  4. Temos pena…

    Xi Jinping já perdeu a guerra

    Quando Joe Biden chama “criminoso de guerra” e “ditador assassino” a Vladimir Putin, não está apenas a reagir à barbárie crescente da ofensiva russa na Ucrânia. Está também a colocar pressão sobre Xi Jinping, mostrando a negra face do seu parceiro geopolítico preferencial.

    A par do seu crescente poderio económico, a China empenhou-se em construir uma imagem internacional mais positiva. Assumiu-se como uma referência de estabilidade, estendeu pontes através da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, acompanhou as preocupações em relação à crise climática. A cada bomba que destrói uma maternidade ou um teatro em Mariupol, a cada imagem de uma aldeia, vila ou cidade devastada, Xi Jinping que vai perdendo a face.

    O Governo chinês pode não apoiar a invasão da Ucrânia, mas ficou colado ao conflito antes mesmo de ele começar, quando na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno o líder russo visitou o seu homólogo em Pequim. Ambos assinaram uma declaração a manifestar a oposição a um alargamento da NATO e juraram uma parceria “sem limites”, aberta a qualquer domínio.

    Uma posição esperada, já que partilham a perspetiva de que os EUA são um inimigo comum e um entrave às suas pretensões imperialistas. Só que ao aquecer as costas do Presidente russo 20 dias antes invasão, assinando por baixo a retórica que a justifica, Xi tornou-se seu cúmplice.

    Acresce que só ele tem poder e ascendente para travar a guerra, forçando um avanço no processo negocial que, às vezes, parece apenas bluff de Moscovo. Apelos moles ao entendimento entre as partes de nada adiantam. A cada míssil que visa alvos civis, sobe o preço da sua omissão.

    A guerra na Ucrânia está, além disso, a revelar-se um pesadelo económico para a China. Na abertura do Congresso Nacional do Povo, a 5 de março, o primeiro-ministro Li Keqiang assumiu o objetivo de um crescimento de 5,5% do PIB este ano, bastante acima da projeção de 4,8% do FMI, feita antes da guerra. Uma meta que parece cada vez mais difícil de atingir, devido às repercussões económicas do conflito (A China é muito depende da importação de bens energéticos). A que se soma uma nova vaga de covid-19, que obrigou a reforçar restrições.

    Esta semana o banco de investimento norte-americano Morgan Stanley cortou para zero a previsão para a evolução do PIB chinês no primeiro trimestre, face aos três meses anteriores. Considera ainda a meta de 5,5% irrealista, mesmo com estímulos adicionais. Não são boas notícias para o líder que este ano pretende entronizar-se no poder firmando um inédito terceiro mandato.

    Os problemas podem não ficar por aqui. No início da semana os índices accionistas chineses registaram perdas significativas, devido ao regresso dos confinamentos e ao receio de sanções do Ocidente, uma ameaça deixada por Washington, caso Pequim tome medidas para aliviar o fardo de Moscovo.

    Se a invasão da Ucrânia serve a Xi Jinping como uma sórdida experiência sobre o que poderia acontecer caso tentasse o mesmo em Taiwan, o pesado efeito das sanções sobre a Rússia estará por certo a ser dissuasor. Com a agravante de que o Ocidente passou a dispor de um manual oleado de atuação e um roteiro político reforçado para cortar dependências excessivas, já em curso em áreas como os microhips. A favor da China joga uma muito maior interdependência económica do que acontecia com a Rússia.

    Putin talvez tenha prometido ao seu amigo chinês uma “operação militar especial” rápida. É evidente que o cálculo saiu furado, devido à heróica defesa da pátria e da liberdade pelos ucranianos e ao armamento enviado pelo Ocidente.

    A derrota do Presidente russo, representaria a derrota de um aliado. O que significa que seria também uma derrota sua, reforçada pela cumplicidade assinada nas vésperas da invasão. Daí os receios crescentemente vocalizados pelos EUA de que Pequim ajude Moscovo com armamento e formas de contornar as sanções.

    A imagem internacional da China está debilitada, a sua economia sofre as consequências da guerra e Xi passou a parceiro de um monstro. Deixou-se envolver na aventura de Putin e está correr-lhe francamente mal. Caso saia em seu auxílio, sofrerá um crescente isolamento internacional, político e económico, pondo em causa o que levou décadas a construir.

    Joe Biden falou esta tarde com Xi Jinping durante duas horas para o sensibilizar a não apoiar Putin. A visão de Pequim sobre a conversa traduz uma mensagem conciliadora. O líder chinês disse que o seu país não queria, nem quer a guerra e que “conflitos e confrontações não são do interesse de ninguém”. “Além de encaminhar as relações entre os EUA e a China na direção certa, devemos assumir as nossas responsabilidades internacionais”. O problema é que Pequim não as assume. Nem sequer condena a invasão.

    Soa a um esforço para limitar os danos e encontrar um rumo diferente. Mas será difícil recuperar a confiança do Ocidente. Mesmo que Putin venha a levar a melhor, Xi Jinping já perdeu com a guerra.
    “No longo prazo, é provável a emergência de dois blocos com profundas divergências, tal como uma aceleração da reversão da globalização e o sacrifício dos interesses dos negócios à geopolítica.”
    Martin Wolf, colunista do Financial Times
    André Veríssimo
    Redator Principal
    Semanada
    Síntese. Análise. Perspetiva

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  5. [url=https://www.politico.eu/article/what-the-use-of-russia-conscripts-tells-us-about-the-war-in-ukraine/]What the use of Russian conscripts tells us about the war in Ukraine – POLITICO[/url]

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  6. Livresco, partilho da tua perspectiva, e da do Paulo.
    Há uma quota parte da responsabilidade individual de Putin que não pode ser atenuada/explicada com Nato e quejandos.

    E ademais, se a Russia se estava de facto a sentir ameaçada porque é que antes de entrar em guerra não tentou dialogar ao mais alto nível com outros líderes mundiais colocando a questão, dizendo que se não acabassem com a ideia da Ucrânia entrar para a NATO, “partiriam a louça toda”?
    Todos percebemos que Putin já tinha tomado a decisão de atacar e quem assim se comporta não faz tensão de negociar o que quer que seja.

    De facto o que Putin nos mostra é que é uma reedição de Hitler com o botão nuclear ao seu alcance, que mais tarde ou mais cedo vamos ter de enfrentar para o parar.

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  7. Jorge Mendes e Paulo Gonçalves, obrigado pelas propostas de leitura.
    De facto as coisas não são a preto e branco, percebe-se que há outras nuances cromáticas que não podem ser ignoradas.
    Estes contributos apesar de enriquecerem a reflexão e de poderem ajudar a compreender melhor o que se passa na Ucrânia não podem justificar o que vemos todos os dias, uma agressão feroz e indistinta à vida das pessoas, a destruição de um país, por uma besta que no seu ADN carrega uma forte alergia à democracia e ao respeito pelos mais elementares direitos humanos, mesmo no interior do seu país.

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