Dia: 27 de Março, 2022
Um Secretário De Barba Rija
Adjunto da DREL nos tempos da “reitora” e daquela amiga dela, assim a modos que “suave”. Subiu depois com a Alçada ao posto de manda-chuva a Norte. Portanto, um homem sem reservas em relação ao “engenheiro”. Já se percebeu que vai ser ele a ter de gerir a fava, mas pode ser que até goste do exercício. Não antecipo qualquer simpatia com quem está na carreira docente. Pelo currículo exibido, terá voltado ao activo durante dois anos, mas o rasto na net parece ter sido objecto de “privatização”.
Confesso que esperava uma senhora doutora, em nome da paridade. Enganei-me.
Coincidências
Vale o que vale: do 7º ao 9º tive a mesma professora de História e, apesar de uma relação pouco amistosa, acabei por ir para Humanidades e depois para História, embora as minhas melhores notas serem quase sempre em Matemática. No 10º e 11º também foi a única disciplina onde o professor se manteve os dois anos. Já em Ciências e em Biologia, no 3º ciclo, tive quase sempre professores acabados de sair do Propedêutico ou de entrar na Faculdade, colocados tarde e nem sempre revelando muito interesse nas matérias, com uma honrosa excepção. Num dos casos, eram aulas e aulas de conversa sobre futebol, motas e carros (7º ano) ou música pop e filmes (9º), antecipando o que seria agora uma abordagem transversal e flexível do currículo. Não sei se, por causa disso, nunca levei muito a sério a possibilidade de ir para uma área da qual até gostava (e ainda gosto) dos conteúdos.
Isto vem a propósito do muito mal que pode ser feito com enxertos apressados na revisão das habilitações para a docência e no regime de recrutamento de professores. Porque há casos em que – como me disseram alguns alunos, mais de uma vez, nos últimos 3-4 anos – mais valia nem fingir que estavam a ter a disciplina. E se a coisa vai ser nivelada ainda mais por baixo… por muito que os conteúdos de diversas disciplinas estejam reduzidos ao mais esquelético, talvez acabemos a reproduzir o meu desinteresse em seguir áreas onde tive uma vaga aparência de aulas.
E Agora?
Tendo saído, o que fica do que foi dito? Porque grande parte das autarquias está a recusar um presente que pode ser envenenado para a maioria.
Não deixa de ser curioso que para as famosas “redes sociais” se andem a mandar umas coisas sobre o recrutamento de professores ser feito pelos municípios em vários países europeus.
“No caso da Educação, a transferência resulta por efeito da lei e, pelas informações que tenho sobre a forma como o processo decorre, não creio que haja justificação para o adiamento”, afirmou Alexandra Leitão
Domingo
Por entre quem ficou, quase nem reparei na que foi de partida, algo inesperadamente e, ao que parece contra-vontade. Alexandra Leitão, o bulldozer que passou pela Educação – de quem, curiosamente, o camarada Mário parecia gostar como parceira negocial – e queria tratar das carreiras da Administração Pública, saiu sem especial estrondo. Não sei se muda algo de importante nas políticas previstas, mas como não gostava do estilo, não lhe sentirei a falta. A menos que ainda acabe no Tribunal Constitucional, com aquela visão peculiar que ela tem do assunto.