Benefício Da Dúvida?

Dou ao Diogo Costa, como guarda-redes da selecção. Agora ao João Moutinho, ao Pepe ou ao pai do Cristianinho, que andam lá desde o tempo da pedra lascada é um bocado tarde, certo? Já sabemos para o bem ou o mal o que valem, o que fizeram e podem fazer. No caso deles, para que se esclareça, é quase sempre para o bem, tirando quando dá um daqueles amoques ao Pepe e se esquece que não está a jogar no clube.

Já quanto a outros “jogadores”, ao fim de uma série de temporadas no activo, é difícil esperar que se transformem no que nunca foram. Mesmo que garantam conversão legítima e profunda, passem a usar as vestes de uma nova fé e a vergastarem-se por pecados do passado.

E para quem pensa que pior não pode ficar vai o meu prémio “santa ingenuidade”.

Ricochetes

Se uma solução para “mitigar” a escassez de professores passar por aumentar o número de alunos por turma é capaz de ser daquelas coisas que são piores do que o soneto inicial. Porque mais gente ser irá abaixo e não falo apenas dos malfadados “velhos”. Quem quererá dar aulas a 10 turmas com 30 alunos? Será assim que tornarão a profissão mais atractiva para os “novos”?

Se o problema é sério e necessita de solução?

Pois é… quem me dera que estivesse no ministério da Educação alguém que pudesse ter previsto isto nos últimos, digamos assim, 6 anos.

4ª Feira

Na TSF, pela manhã, como se de pandemia (ou endemia) ninguém já quisesse falar, discutia-se o excesso de idas às urgências hospitalares pela enésima vez, pela enésima vez se considerando que é indispensável regrar esse afluxo, chegando mesmo alguém a dizer que se deveria proibir o acesso a quem não viesse referenciado pelo sns24, pelo inem ou por unidades de cuidados primários e que as pessoas se deveriam dirigir em primeiro lugar aos Centros de Saúde antes de ir ao Hospital mais próximo. Não sei se é ignorância, candura ou miopia ter gente da área da Saúde com tamanho desconhecimento do que se passa no mundo real. Ou então desconhecem os meios dos Centros de Saúde e a forma de atendimento que, em muitos casos, passa por enviar a pessoa exactamente para o Hospital, se possível pelos próprios meios, de familiar ou pessoa amiga, por falta de meios de diagnóstico e também, há que o admitir, por receio de alguma responsabilidade acrescida por um mau desfecho.

Quando decidiram fechar muitos Centros de Saúde de proximidade e limitar o horário de funcionamento de outros, para além de os sub-equiparem no plano humano e técnico, talvez se possa fazer uma discussão a sério do assunto. Até lá… lamento, mas a realidade, por muitos relativismos que as modas tenham trazido, ainda é um muro duro de bater.