Monitorizações Digitais

Ex.mos/as Srs./as Embaixadores/as Digitais,

Agradecemos o vosso empenho na inserção de dados na Plataforma de Monitorização da Capitação Digital das Escolas (CDE), relativos a cada um dos V/ CFAE.

Dando continuidade a este processo de acompanhamento e monitorização da CDE, reforçamos a importância do rigor e necessidade da atualização sistemática e constante destes dados.

Assim, para garantir a eficácia deste processo, solicitamos a todos os CFAE que até ao dia 15 de cada mês tenham inseridos/atualizados todos os dados referentes ao mês anterior.

Neste momento, a plataforma já tem disponível um sistema de validação de dados que permite detetar eventuais dados em falta. A partir desta informação, sempre que se justifique, iremos enviar-vos regularmente notificações geradas pela própria plataforma.

Reiteramos a elevada importância de se proceder ao registo nesta plataforma das evidências relativas ao trabalho em curso, fruto do elevado investimento que o sustenta. Trata-se de um processo que se afigura como determinante, não só para permitir a monitorização e regulação deste trabalho, como para refletir o verdadeiro impacto deste Programa no contexto nacional. Só assim poderemos, em conjunto, planear adequadamente as ações seguintes e dar cumprimento aos objetivos deste Programa. Contamos, por isso, com a preciosa colaboração de todos.

Informamos, ainda, que já têm disponível, nos vossos domínios, o menu “relatórios”, o qual poderá ser igualmente uma mais-valia, para que consigam adequar a implementação da iniciativa aos vossos contextos locais.

Estamos ao dispor para eventuais esclarecimentos adicionais.

Continuação de bom trabalho.

Com os nossos melhores cumprimentos,

A Idiotice Tinha De Chegar Ao Parlamento

A nota/notícia também é muito menos informativa do que devia e nem explica grande coisa, mas já percebi a agitação que andava pelo fbook ontem com o assunto. Está explicado. A questão não é a de ser “apenas” um exercício. É a de não ser nada, nos tempos que correm. Se é “real” ou “como se fosse”. Não é disso que se trata.

E assim se cacareja no Parlamento, com ovos chocos.

André Ventura cita um questionário sobre homossexualidade como se fosse real quando afinal se trata apenas de um exercício.

Eu Acho Que O Que Faz Mesmo Falta É…

… uma formação para formadores de formadores de formadores de professores. A ser dada por aqueles que diagnosticaram agora a situação que os próprios criaram. Se possível com financiamento generoso ao abrigo dos programas da famigerada bazuca e ainda uns apoios privados de fundações amigas (acreditem, que eu vi uma nesga do funcionamento da coisa). Com decisão após consulta dos mais interessados e bem localizados no acesso a este tipo de envelopes financeiros e prebendas conexas. Porque a situação é grave e há ganâncias e sofreguidões que se não forem satisfeitas ainda produzem algum colapso nervoso e muita agitação mediática.

Já agora… não sei se repararam, mas depois dos especialistas em ensino à distância e recuperação das aprendizagens, surgiram imensos especialistas em “ser professor” no ensino básico e secundário, com destaque para quem nunca o foi ou por lá passou em modo de biscate e algum nojo pela camaraderie. Tenho de ir ver se @s economistas da minha maior estima não se pronunciaram já sobre o assunto (uma ainda está encravada nas máscaras, não percebendo o bem que lhe fazem).

Lê Quem Quiser…

… e quem não andar a justificar tudo como invenção ou, em alternativa, como justificado por qualquer episódio mais ou menos remoto em que um antepassado remoto de um parente duvidoso do vizinho do porteiro da casa onde vive um funcionário do Kremlin foi importunado na sua sesta por um ucraniano bebedolas.

Collecting Bodies in Bucha

Parece Que Finalmente Estão A Aproximar-se Do Principal

Sou um crítico muito, muito antigo, da formação de professores em aviário por gente que do ofício percebe muito pouco. Tive demasiadas experiências em tempos passados de gente que dava formação sobre Pedagogia que era uma nódoa em termos pedagógicos. Relembro sempre um emissário do ME a uma sessão na minha profissionalização em que já falava de flexibilidade, mas só aceitava que o questionassem depois das duas horas de descarga de chavões e propaganda. Conheço directamente gente que forma professores porque fez tudo para escapar a ser professor do Básico e Secundário e poder colocar “Ensino Superior” na chancela ou oráculo. Na maior parte das vezes, fingem que não ouvem, clamam que fazem o melhor que sabem, mas a verdade é que sabem pouco e nem isso, tantas vezes, conseguem ensinar. Recomendam sebentas, apresentam powerpoints e é tudo. Leram, com sorte, um punhado de livros de fio a pavio sobre a matéria em dado momento da vida e encalharam.

Há gente boa, de qualidade, dedicada, actualizada?

Há. Mas há também muita tralha pelas Universidades e Politécnicos deste país, de onde saem boas professoras e bons professores à própria custa, do seu interesse, do seu esforço, da dignidade. Desde meados dos anos 80, com as naturais excepções em termos de instituições ou de departamentos em algumas instituições, enquistaram-se mini-feudos com origem nos Ramos de Formação Educacional, onde se alapou muita gente que nem ensinar sabe. Apenas sabe produzir a papelada necessária para a certificação do curso. Até porque são inspeccionados, em muitas situações, por outros como el@s.

Estou a ser injusto? não, por acaso até acho que estou a ser meiguinho com a complacência que marcou as últimas décadas na formação inicial de professores, em que não é raro que a maior preocupação seja arranjar as cadeiras necessárias para ter os créditos indispensáveis para assegurar o lugar. Em muitos casos, para não ser recambiado para aquele inferno de onde se livraram e para o qual mandam (quando lá conseguem chegar) professores certificados por quem chegou ao lugar na base de um ou mais dos três C’s (a cunha, a cama ou o cartão).

A Universidade é assim mesmo, não apenas na formação de professores? Quiçá… mas que tal irmos tratando de uma coisa de cada vez, sendo que é esta que agora parece afligir tantas almas omissas durante tanto tempo? O que fez, por exemplo, o agora omnipresente em todos os think tanks fundaciuonais, ex-ministro David Justino quando esteve na 5 de Outubro, no CNE e arredores?

Só um terço dos docentes que formam professores tem experiência na área

6ª Feira

Sobrevivemos (quase, falta a parte dos dias cinzentos da burocracia maior) a mais um período prolongado de forma demagógica. Sobreviveremos a mais quatro anos e meio de sinuoso (leia-se “manhoso”) costismo educacional? De quem vai ser agora a culpa das coisas más, que as boas são todas dele? Atrás de quem se vai esconder, agora que os cortesãos o empurraram para o centro dos holofotes?