Mas Não Foi Sempre Assim?

Então porque andaram a vender o “contágio zero”? Ainda em final de 2021, continuavam com essa teoria da treta, com a propaganda bem oleada e ancorada na comunicação social onde as opiniões divergentes iam para alista de espera.

A população escolar tem uma “grande proteção imunitária”, mas Graça Freitas alerta que há ainda uma grande parte que é “suscetível” ao vírus, sendo que as crianças são vetores de transmissão aos vulneráveis.

A máscara pode ser uma barreira, reconhece Graça Freitas, mas “retirar essa barreira é um risco ainda grande com a transmissibilidade neste momento”.

E é evidente que por “população escolar” se entende os alunos, que pessoal docente e não docente é para arder, que nem devem fazer cinzas.

4ª Feira

Ainda antes da pandemia, os níveis globais de burnout profissional estavam elevadíssimos. Um estudo, mais na perspectiva das perdas para as próprias empresas dessa situação, contribuiu para perceber até que ponto a forma de gerir os recursos humanos está na origem do desgaste sentido por muitos trabalhadores no local de trabalho e fora dele. Falta de comunicação ou comunicação adequada, excessiva pressão em termos de massa de trabalho e horários, em vez de aumentar a produtividade, pode reduzi-la, mas há quem não entenda isso. Por cá, basta ver como se acha que é somando dias de aulas que as aprendizagens alegadamente perdidas, se recuperam. Curiosamente, essa lógica não é aplicada quando se trata de analisar a carga horária de algumas disciplinas, em que não se acha que mais tempo ajude. Mas… são as contradições do costume. Um outro estudo, de uma empresa mais ligada ao negócio do sono, fez um ranking das cidades com maior índice de burnout. Lisboa surge em 33º lugar, um pouco acima de meio da tabela, mas o que é mais preocupante é que os factores que mais contribuem para o desgaste são a falta de motivação no local de trabalho e as desordens no âmbito da aúde mental e o consumo excessivo de fármacos.

Também antes da pandemia, o índice Better Life da OCDE colocava Portugal no 31º lugar (entre 41 países analisados) quanto aos níveis de satisfação da população com a sua vida. Já em período de pandemia (2020), um novo inquérito da Gallup mostra resultados profundamente preocupantes. E acredito que se fosse feito só entre professores seria bem pior. Fica aqui apenas uma amostra desses resultados.