Boa Noite

Enquanto não saco o clip do RAP com o Mário Nogueira, sem ter de apanhar com aquela do padre exorcista (sem medo de tocar nos genitais, mas alegando disfunção eréctil para não ir dentro) a seguir 😀

E phosga-se que o Marc Almond envelheceu muito mal.

Entretanto, não posso deixar de transcrever um dos comentários ao vídeo no YTube e que é dedicável a quem tira prazer para si de gozar com os “velhos”.

MichaelWMoses

I turned 63 today and I am setting alone in my small apartment listening to this and truly feeling the heartache of getting old in a world that does not care for anything more than youth and money. It all passes so quickly. One day you’re 16 and the world is bright and shiny and new and the next it is all old and broken and will never be fixed! Thank you for this song for my birthday!

O Meu Agradecimento…

… a tod@s que me enviaram em diferentes suportes ou ligações, a entrevista que a “reitora” deu ao público de ontem. De qualquer maneira, preservei o meu domingo e só hoje levantei a tampa da coisa, espreitei e, como pareceu cheirar a peixe podre, voltei a fechar. Não me levem a mal. Lá vai o tempo em que demorava tempo a esventrar as vacuidades, truncagens e meras “verdades alternativas”. Guardei no arquivo dos tesourinhos deprimentes, contudo, não vá ainda fazer falta.

Arqueologia Do Populismo Nacional

A partir da leitura da obra Populismo – Lá fora e cá dentro de José Pedro Zuquete é possível ir além da superfície na análise epidérmica do populismo nacional, fazendo-o remontar ao sidonismo (eu iria um pouco mais longe) e descobrindo-o onde nem sempre se espera. Ou melhor, onde nem sempre querem que o encontremos.

Exemplo:

Temos de ir, como Partido, ao encontro dos interesses e aspirações dos portugueses e não devemos recear que nos chamem de populistas. O que é esse populismo afinal, que hoje está tão em voga e que se atira à cara daquelas figuras que não sabem interpretar os interesses das pessoas? Se ser populista é realmente saber captar o sentido da realidade das pessoas e saber exprimir os seus anseios e as suas angústias, as suas frustrações e os seus desejos, então eu digo que ser populista é ser uma pessoa verdadeiramente democrática. Não podemos esquecer que não há políticos sem eleições e que não há políticos sem governantes, sem os votos, e quem os dá é o Povo e ao Povo o deve ser apresentado. E o que nós combatemos e temos combatido sempre é a demagogia, demagogia que temos visto praticada intensamente e praticada por uma elite que se não quer populista. E eu pergunto, então que sistema é esse que rejeita o populismo, um sistema de elite, que divorciada do sentido dos portugueses, é isso que querem alguns dos nossos políticos? Manter-se uma elite bem alimentada e próspera, enquanto a Nação segue a cruz do seu Calvário. É aí que nós temos que dizer, em nome da Democracia, é errado, que o populismo que nos querem atirar à cara não é nenhum defeito, antes pelo contrário é nesse sentido uma verdadeira virtude.

Francisco Sá Carneiro “Discurso no Convívio do Vimeiro – 2/4/78” in Textos – 5 . º volume (1977‑1978). Lisboa: Alethêia/Instituto Sá Carneiro, 2012, p. 98)

2ª Feira

Ainda se lembram da rábula da Olívia Patroa e da Olívia Costureira da Ivone Silva? Lembrei-me a propósito de algumas estratégias de auto-branqueamento de quem, enquanto patrão, exige o trabalho ao minuto contadinho, mas como costureiro, lamenta a má sorte e pagamento do trabalho à peça. Porque não é só a MLR que tenta encobrir o passado. Há quem, mais ou menos recente, ande num afã imenso a lançar pó de talco sobre nódoas que é oportuno apagar.