Que Pena Este Homem Só Ter Entrado para O Governo Este Ano!

Porque o anterior ministro e o secretário não percebiam nada do assunto e deixavam a secretária Leitão decidir tudo. Andavam uns parvos por aí a dizer isto há anos e a ser ofendidos como “radicais” e “despesistas” e nada, até chegar este extraordinário homem ao ME e tudo já ser possível.

A possibilidade foi admitida esta sexta-feira pelo ministro da Educação. no Parlamento: a renovação de horários incompletos vai ser alvo de negociação com os sindicatos. A aposta do Governo quanto à atratividade da carreira, explicou João Costa, é na previsibilidade e fixação. “Queremos acabar com a casa às costas”, afirmou.

Cartoon de Amarelhe. Visionário em relação ao que se passou desde 2015 na 24 de Julho. A culpa era só dela, a “assertiva”:

Tempos Peculiares

Alguém ligado ao Kremlin, que os nossos serviços secretos (!) alegadamente segue “há anos”, não tem qualquer impedimento para receber e inquirir refugiadas ucranianas.

Entretanto, o mesmo PS que levou Medina ao Parlamento quando era presidente da CMLisboa por causa das informações passadas aos russos, agora impede que seja ouvido o presidente da CMSetúbal (da CDU), algo a que o próprio PCP não apresentou qualquer obstáculo.

Bullshit Capacitation Plan Needed!

É que só agora isto acontece nas escolas portuguesas.

Como lidar na sala de aula com mais de 25 jovens, em que há questões de défice de atenção, pobreza, maus tratos, abandono, doenças graves? O plano de capacitação emocional auxiliaria a fazê-lo.

Agradeço que a colega tenha descoberto agora estes temas, mas há quem tenha lido Montaigne e tantos outros há mais de três meses. E quem tenha de lidar com estes problemas anos sobre anos, porque há “contextos” onde tudo isto é quotidiano e não matéria para prosa descobridora.

O que me parece é que há mesmo muita falta de leituras e vida a esta malta que o AHC descobre para encher salsichas no Observador..

Por exemplo: se a área a diagnosticar fosse “Envolvimento pessoal”, a competência pessoal dos educadores seria expressa pela sua capacidade para escutar os alunos e não só para melhorar o ensino. Neste ponto, uma das competências a desenvolver seria a escuta ativa, a partilha e troca de conhecimentos e experiência, a reflexão individual e coletiva, bem como a avaliação crítica e desenvolvimento ativo das emoções. Lembro-me sempre de Montaigne, para quem o professor ideal era aquele que “escute o seu discípulo falar por seu turno” e que “avalie dos progressos que ele tenha feito, não pelo testemunho da sua memória, mas pelo da sua vida”.

6ª Feira

Vão ser, tudo o indica, cerca de onze anos de costismo educacional, o que significa um prolongado e quase irreversível mergulho em algumas das mais deploráveis concepções da “educação do século XXI”, construídas a partir de um conjunto de teses do início da segunda metade do século XX, que por cá vieram mais à superfície nos anos 70 e 80. A década cavaquista bebeu em parte também nessas fontes, mas ao menos com Roberto Carneiro havia alguma coincidência entre o tempo mental e o tempo cronológico. agora, por muito que falem em gamificação e digam que os zingarelhos são o futuro (já foram, agora são o presente), andamos todos os anos a ficar atrasados em relação ao tempo real. Quando chegarmos a 2026 estaremos ainda, em temos intelectuais, no máximo em 1996 e quando falo em 1996 nem sequer falo em Marçal Grilo, mas nas segundas linhas de então.

Mas vai ser um tempo bom para o “mercado da Educação”, algo que sempre existiu, apenas mudou parcialmente de “actores”, conforme as conjunturas. O período da troika trouxe alguns realinhamentos, mas desde 2005 que, com esse interlúdio, se foi tudo acomodando ao que vinha de 1995 e ao discurso do “sucesso”. Há nomes que são transversais a várias décadas e outros que se foram juntando e agrupando em nichos que são tertúlias preferenciais do poder que está.

Tanta conversa porque ontem dei de caras com este evento maravilhoso que nos mostra o perímetro e indica um dos centros maiores da Situação em Educação, explicando a recuperação da “reitora” e o circuito preferencial dos oleodutos financeiros em termos de “Academia”. Só sinto aqui alguma falta de certas personalidades que se esforçaram muito por #sersolução.