Vão ser, tudo o indica, cerca de onze anos de costismo educacional, o que significa um prolongado e quase irreversível mergulho em algumas das mais deploráveis concepções da “educação do século XXI”, construídas a partir de um conjunto de teses do início da segunda metade do século XX, que por cá vieram mais à superfície nos anos 70 e 80. A década cavaquista bebeu em parte também nessas fontes, mas ao menos com Roberto Carneiro havia alguma coincidência entre o tempo mental e o tempo cronológico. agora, por muito que falem em gamificação e digam que os zingarelhos são o futuro (já foram, agora são o presente), andamos todos os anos a ficar atrasados em relação ao tempo real. Quando chegarmos a 2026 estaremos ainda, em temos intelectuais, no máximo em 1996 e quando falo em 1996 nem sequer falo em Marçal Grilo, mas nas segundas linhas de então.
Mas vai ser um tempo bom para o “mercado da Educação”, algo que sempre existiu, apenas mudou parcialmente de “actores”, conforme as conjunturas. O período da troika trouxe alguns realinhamentos, mas desde 2005 que, com esse interlúdio, se foi tudo acomodando ao que vinha de 1995 e ao discurso do “sucesso”. Há nomes que são transversais a várias décadas e outros que se foram juntando e agrupando em nichos que são tertúlias preferenciais do poder que está.
Tanta conversa porque ontem dei de caras com este evento maravilhoso que nos mostra o perímetro e indica um dos centros maiores da Situação em Educação, explicando a recuperação da “reitora” e o circuito preferencial dos oleodutos financeiros em termos de “Academia”. Só sinto aqui alguma falta de certas personalidades que se esforçaram muito por #sersolução.

Tantos sábios em matérias educativas, mas os alunos sabem cada vez menos!…
Dia 1 de Setembro abre a minha vaga, por licença sem vencimento. Vá lá um deles ocupar o meu lugar!
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Nada mais inteligente.
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Tudo explicável, mas não é conveniente explicar.
Factores do insucesso…. Deviam era ser explicados os factores do actual “sucesso”. Tristeza!!!!
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“… onze anos de costismo educacional”. Tempo de profundas TREVAS para a educação, a docência e a democracia nas escolas. Nem falta a Inquisição contemporânea…. a IGEC.
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Quando vi uma fotografia dos livros de bruxedo, estive para escrever, aos organizadores, que nunca estaria presente, num evento destes, com uma sinistra que perdeu os professores mas agora não quer saber as causas. Pensei, pensei… E conclui … tamanha ignorância não merece tanto do meu tempo… Voltei ao meu jogo de sueca online.
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Nenhum formador de formadores de formadores?
Inadmissível!
Um representante da mercearia do Belmiro e um especialista em virar prensados de proteína indiferenciada foi o melhor que o ISCTE conseguiu para representar o sector empresarial?
Intolerável!!
E o que dizer do facto de não haver paridade na formação do painel de oradores?
Quantos milhões são a fatia do Leão neste evento?
O buffet é frio?
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Que mensagem querem transmitir com elas em cima e eles em baixo?
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Algo que também se nota agora com bastante frequência em cenas eróticas em filmes e séries 😀
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Atenção que há 11 para 10 😉 acho que há uma que não ficar nem em cima, nem em baixo, embora já deva estar cansada de lixar (com um arcaico ph) a malta há bastante tempo.
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É extraordinário o sentido de humor dos professores depois de tanta mrd feita em seu nome e à sua custa!
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Vou emigrar!
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O melhor é entrar na escola ir diretamente para a sala de aula e depois ir diretamente para casa. Assim conservo a minha sanidade mental.
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apenas discordo do Paulo na sua análise globalista, ou seja, não se aplica a todos os estudantes: ainda há aqueles, minoritários, em que os zingarelhos são um bom instrumento de aprofundamento da aprendizagem e que não se limitam a vegetar quotidianamente nas redes sociais o dia inteiro.
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