A palavra que talvez resuma melhor o objectivo de uma série de governantes, auxiliares e cúmplices em relação ao que se pode designar como “professores de carreira”, em especial os que levaram em cima com a investida de 2005 em diante. O “partyir da espinha” a qualquer tipo de resistência, que inicialmente teve um claro alvo sindical, alargou-se posteriormente, a quem pudesse fugir a cetos “enquadramentos”. Nem sempre de forma contínua, mas notando-se muito desde o final de 2015, o desejo comungado de resolver as coisas a pares. Para isso, era essencial restringir a informação e debate aos do costume, aos “actores institucionais”. Viu-se o barrete que isso foi para quem está no terreno. O silêncio que se fez sentir até final de 2017 e o que depois se passou com a não recuperação do tempo de serviço congelado aos docentes do Continente demonstrou bem quem era para ser lixado. Agora, afastados muitos e quer-me parecer que desejosos de que outros tantos partam de uma vez por todas, fala-se muito em “renovação e em quem é preciso entrar, seja em que condições for. E quem entrar, não passará pelo “apagão” do tempo de serviço e não terá memória das sucessivas sacanices feitas. Ou relativizará, como alguém que por aí andou uns tempos a servir de moço de recados do então SE Costa e que, quando se lhe apontavam as malfeitorias antigas, me respondia que “isso não é do meu tempo”. E é dessa malta que o actual ministro Costa sente necessidade: de quem não se lembra, de quem não passou por isso ou até acha que foi bem feito, porque eles são “novos” e os “velhos” só atrapalham. Há lideranças locais que, distribuídos os “créditos” pelas clientelas, não desdenham de um proletariado docente sem memória e muito grato por simples migalhas. Porque há gente que parece que só se consegue sentir “alto”, se se rodear de minions.
Pois, pois a ideia é rebentar de vez com os não enquadrados. Humilhá-los e arrastá-los pelas barbas até se extinguirem, mas a renovação domada que pretendem também está desenquadrada!
Também não consegue manter em marcha um monstro tão pesado!
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