Uma Receita Para A Asneira

Pelo menos pela minha zona, as direcções receberam indicação para fazer os horários d@s colegas que já se sabe não irem dar aulas, devido a atestados médicos de longa duração ou a situações de “serviços moderados” recomendadas pela Medicina do Trabalho em função da situação de saúde das pessoas. O que significa que aquilo de reconduzir professores contratados para horários que se sabem vir a estar disponíveis será – no mínimo – parcialmente uma treta, pois esta medida, agora conhecida, vai dar mau resultado logo em Setembro. Ocorrem-me várias razões imbecis para esta medida imbecil, mas como acabei de escrever tudo me parece imbecil. Ou pior, mal intencionado e sonso. O que, em boa verdade, não é de admirar com este ministro que não é nulo, mas que se arma em sonso.

5ª Feira

A certa altura instala-se o cansaço nas leituras sobre Educação, por nada acrescentarem de novo ou serem, pura e simplesmente, manifestações de uma enorme ignorância. Sendo eu um assumido defensor da publicitação de rankings escolares (mesmo se sou crítico de algumas metodologias), aflige-me que uma Mestre em Ciências Políticas e Relações Internacionais escreva que esse é “o único elemento que nos permite comparar as escolas de todo o país” (o que revela profunda ignorância) ou que “esta lista não representa uma competição, mas sim uma corrida” (o que revela uma curiosa deriva semântica).

Uma coisa é termos opiniões, mais ou menos fundamentadas, haver liberdade de expressão e tudo isso. Só que isto é outra coisa. A vantagem é que, sendo o Observador apenas online, não se gastartinta e papel com a publicação destas prosas inanes, mesmo se há uma ainda importante pegada carbónica na publicação e leitura de textos em suportes digitais.