Fica a perceção social de que para se ser professor é preciso apenas alguns créditos, desvalorizando por completo o conhecimento científico, a pedagogia, a psicologia educacional, etc..
No essencial, subscrevo o texto. Com excepção do título, que se torna equívoco: “Uma afronta aos verdadeiros professores”. O título deveria ser apenas “Uma afronta aos professores” — e nada mais. Um professor ou o é ou não o é! Não há “verdadeiros professores” e professores-outra-coisa-qualquer. Os outra-coisa-qualquer não são verdadeiros nem falsos, são outra-coisa-qualquer-que-não-docentes! Quando é que nos vamos deixar de títulos equívocos ou equivocados?
Parecem tiques de IGEC. Mesmo que todos percebam (eles também…) apontam sempre um “senão”, apenas para aborrecer os Professores e fazerem “prova de vida”.
Inutilidades.
Concordo plenamente com “Na realidade, os bons professores são aqueles que, mandando às favas certas burocracias e floreados, lêem, investigam, comunicam e fascinam com aquilo que sabem.” Identifico-me mais com isso, e sinto-me mais feliz como professora e não como entertainer. Contudo, infelizmente, não são esses os domínios e os parâmetros que mais pesam na hora de avaliar o desempenho do docente. A habilitação profissional para a docência parece resumir-se a uma espécie de certificação dos requisitos mínimos essenciais – podes ser bom como barbeiro ou cabeleireiro, mas se fizeres uma curta “especialização”, poderás ser melhor na escola a ensinar a cortar qualquer coisa e a afiar facas e tesouras. O denominador comum essencial é cortar, a torto e a direito. Desde que os projetos ponham os alunos a cortar alguma coisa, tudo vale para mostrar à comunidade que foram bem amestrados, quero dizer, preparados. E se alguém tiver dúvidas, não faltam evidências no jornal da escola e no Diário da terrinha.
E o grave, grave, grave é que o domesticação dos catraios anda de mãos dadas com a propaganda. As terrinhas, por intermédio dos senhores do costume, conseguem público escolar para as actividades de corte de fitas e uma amostra de cidadão educado à medida dos folclores locais: daqueles que, quase sem massa crítica, são aplaudidores das encenações políticas da terra e fãs coladores de cartazes.
Candidatos a um empreguito na câmara, ou no empreiteiro do regime local só têm que, nas actividades flexíveis do currículo, pertencer ao grupo daqueles que são escolhidos para oferecer flores e beijinhos ao presidente. Têm também de, com flexibilidade, assistir aos torneios taberno-escolares de bisca e sueca, dominando como influencers os grupinhos dos cochichos da terra.
Eu sei umas coisas de História…
Posso lecionar História aos putos?
😁
Eheheheh
GostarLiked by 1 person
Eu tive cadeiras de saúde, no secundário, posso ser médico?
Nota: se os professores tivessem um pingo de dignidade, rebelar-se-iam.
GostarGostar
No essencial, subscrevo o texto. Com excepção do título, que se torna equívoco: “Uma afronta aos verdadeiros professores”. O título deveria ser apenas “Uma afronta aos professores” — e nada mais. Um professor ou o é ou não o é! Não há “verdadeiros professores” e professores-outra-coisa-qualquer. Os outra-coisa-qualquer não são verdadeiros nem falsos, são outra-coisa-qualquer-que-não-docentes! Quando é que nos vamos deixar de títulos equívocos ou equivocados?
GostarLiked by 1 person
Figura de retórica talvez, ou também vamos ter de reduzir a língua ao seu sentido literal sempre?
GostarGostar
Parecem tiques de IGEC. Mesmo que todos percebam (eles também…) apontam sempre um “senão”, apenas para aborrecer os Professores e fazerem “prova de vida”.
Inutilidades.
GostarGostar
Foi isto que comentei há dias não sei se aqui, se noutro blogue.
GostarGostar
Concordo plenamente com “Na realidade, os bons professores são aqueles que, mandando às favas certas burocracias e floreados, lêem, investigam, comunicam e fascinam com aquilo que sabem.” Identifico-me mais com isso, e sinto-me mais feliz como professora e não como entertainer. Contudo, infelizmente, não são esses os domínios e os parâmetros que mais pesam na hora de avaliar o desempenho do docente. A habilitação profissional para a docência parece resumir-se a uma espécie de certificação dos requisitos mínimos essenciais – podes ser bom como barbeiro ou cabeleireiro, mas se fizeres uma curta “especialização”, poderás ser melhor na escola a ensinar a cortar qualquer coisa e a afiar facas e tesouras. O denominador comum essencial é cortar, a torto e a direito. Desde que os projetos ponham os alunos a cortar alguma coisa, tudo vale para mostrar à comunidade que foram bem amestrados, quero dizer, preparados. E se alguém tiver dúvidas, não faltam evidências no jornal da escola e no Diário da terrinha.
GostarLiked by 1 person
E o grave, grave, grave é que o domesticação dos catraios anda de mãos dadas com a propaganda. As terrinhas, por intermédio dos senhores do costume, conseguem público escolar para as actividades de corte de fitas e uma amostra de cidadão educado à medida dos folclores locais: daqueles que, quase sem massa crítica, são aplaudidores das encenações políticas da terra e fãs coladores de cartazes.
Candidatos a um empreguito na câmara, ou no empreiteiro do regime local só têm que, nas actividades flexíveis do currículo, pertencer ao grupo daqueles que são escolhidos para oferecer flores e beijinhos ao presidente. Têm também de, com flexibilidade, assistir aos torneios taberno-escolares de bisca e sueca, dominando como influencers os grupinhos dos cochichos da terra.
GostarLiked by 1 person
Isso é má língua direitolas.
Afronta, era a prova de ingresso do Crato.
GostarGostar