O processo de normalização do modelo único de gestão escolar está praticamente terminado. Em conjunto com a municipalização da Educação serviu para perceber até que ponto certas “lutas” são apenas encenações programadas para terminar quando se considera que a resistência é inútil e que se lixem os princípios que antes tanto se gritavam. É tempo de “melhorar” o modelo, de minorar as suas “imperfeições”. Nem é bem uma questão de real politik (quem não teve os seus momentos, que atire a primeira gravilha), mas mesmo de falta de vergonha na cara. Porque tudo se resolve quando se acomodam as clientelas em seus feudos.
Em nenhum outro cargo, nem com eleições, são permitidos mais de trinta anos de poder, na última década e meia absoluto. Dizem-nos que estamos em democracia desde abril de 74, quando alguns se mantêm no poder há tanto tempo quanto o homem de Santa Comba!
O plebiscito no CG, a que chamam eleições(!!!), não é mais democrático do que os que ocorreram no Estado Novo.
Prevejo a manutenção da farsa e a chegada de alterações cosméticas para permitirem a manutenção dos direto@s responsáveis por esta longa e aterradora noite da democracia nas escolas…
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O pior mesmo é que quem percebe de pedagogia e de ciência não tem voz activa no mundo das escolas!
Esses são os professores.
Estão entregues aos bobos da corte que se juntam à máquina de triturar.
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Paulo, denuncias uma triste realidade. Uma vergonha, este país.
Há pouco, encontrei um colega que se reformou há algum tempo (6, 7 anos…) e que me perguntou se estava preparado para o novo ano.
Respondi-lhe que estava conformado.
Disse-me que tinha pena de nós, que ainda aturamos esta gente. Não gosto de ter pena de mim, mesmo, mas, na perspetiva de me reformar mais depressa, começo a sentir-me de consciência pesada por não me importar que baixem a exigência para o acesso de novos candidatos à docência, ou que a taxa de mortalidade aumente entre os idosos. De facto, os ambientes medíocres, como este em que vivemos, são tóxicos e arrastam-nos na sua torrente de ignominias e vilezas…
Isto é o que é: um país de m—a!
Já agora, cabe agradecer-te por este espaço de reflexão e de desabafo.
Força nisso!
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Foca em ti e na tua evolução espiritual.
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