A Esta Hora, A Maioria Da População…

… já deve estar a perceber melhor o estado de espírito dos professores em algumas matérias, em especial, aquele do toma lá um, dá cá dois. E por uma vez, de forma rápida, a comunicação social e alguns “especialistas” conseguiram desmontar a aldrabice do pacote para as “famílias” e “anti-inflação”, que mais não passa, no principal, ou seja, no caso das pensões, de um adiantamento por conta de pagamentos futuros que não serão feitos. Embora a analogia não seja a melhor, lembrei-me da questão do tempo de serviço, não pela “mecânica”, mas pela operação mediática de mistificação da opinião pública. Por uma vez, repito, a desmontagem do “truque” demorou pouco tempo e já se percebeu que a mão que anda a agarrar com força o acréscimo de receitas fiscais, não larga nada que não consiga recuperar.

Por um lado, é bom que comecem a perceber que se isto é assim ao fim de poucos meses, nem é bom pensar do que esta maioria absoluta costista será capaz.

Meio Flik-Flak À Rectaguarda

Afinal, coiso e tal, os problemas não são apenas nossos e aqueles 97,7% são capazes de não ser bem 97,7%, se calhar nem 90%, mas isso agora não interessa nada, porque na Europa também andam mal e com o mal dos outros a malta justifica-se logo.

O ministro da Educação disse esta terça-feira que espera ter um arranque de ano letivo com tranquilidade, mas “sem ilusões”, porque em todos os anos letivos “há sempre necessidades de professores que surgem”.

“Sabemos que infelizmente, não só em Portugal mas em toda a União Europeia estão a acontecer dificuldades de substituição de professores. Mas, com as várias medidas que temos vindo a desenvolver desde o final do ano letivo do ano passado, estamos a fazer tudo para mitigar as carências que existem”, disse João Costa aos jornalistas à margem da sessão solene de abertura do ano letivo, promovida pelo município de Castelo Branco.

O problema não é o que diz agora estar certo ou errado (até porque é por demais óbvio), mas sim ter andado a promover uma mistificação até há pouco dias.

3ª Feira

Por vezes, não se quer ter razão, porque os estilhaços nos atingem. Por vezes, queremos estar errados nas previsões, porque nada temos a ganhar concretamente em ter razão, porque os tempos há muito que não estão para vitórias “morais”, muito menos quando se lida com gente que nem se lembra do que é a moralidade. Por vezes, não queremos acreditar que a incompetência pode ser o que, afinal, é mesmo.