Isto Merece Um Post Pós-Música

“Vai ser possível”? Já não era? O ministro Costa excede-se a si mesmo na sonsice e no anúncio da novidade de outrora. Há anos e anos que este é o calvário de muitos contratados. No final do ano passado não diziam exactamente o inverso, ou seja, que uma escola poderia completar um horário a um professor que viesse ocupar o lugar de alguém com redução da componente lectiva?

Se é isto que é anunciado é um retrocesso e o ministro mente (não há outra forma de apresentar a coisa) se anda a anunciar isto como novidade. O desespero e a falta de ideias, a incapacidade, que vem de trás, para encarar o que está verdadeiramente errado na gestão dos recursos humanos docentes, vai-se tornando um espectáculo deprimente para quem conhece a realidade e sabe que isto é uma total mistificação da opinião pública.

Não é embirração ou “perseguição, como o ‘tadinho” gosta de classificar quando se lhe descobrem os factos alternativos, é mesmo porque isto é de uma imensa falta de vergonha na cara. Leia-se, por exemplo a Circular nº B18001934D (de 2018) sobre a contagem de tempo de serviço em casos de “acumulação de horários incompletos em mais de uma escola”. A acumulação de funções, já fora definida pela Portaria 814/2005, que regulamentava o artigo 111º do ECD de então. A versão de 2012 não mudou nada de essencial.

Aqui podem encontrar-se diversos esclarecimentos e exemplos de casos, remontando a 2013.

Um belo discípulo da “reitora”, com um belo futuro de recompensas pela frente, porque só faz esta figura quem sabe que o tem assegurado.

Vai ser possível os professores acumularem horários em diferentes escolas – uma medida que tem como objectivo diminuir o número de alunos sem professor. De acordo com o ministro da Educação, a aprovação desta norma está para breve.

O Que Me Chateia É Que Há Quem Não Aprenda Com As Evidências Alheias

O António Duarte “expilica”… que eu já estou cansado e sei que ferreiro em casa só serve para fazer espetos de pau.

Disse-me um passarinho que – nem tudo podem ser más notícias! – o projecto MAIA iniciou já o lento mas irreversível declínio que levará ao seu falecimento. Dito por outras palavras, serão mais as escolas a abandonar o projecto do que as novas adesões. Será?… Espero bem que sim!

Em boa verdade, quem experimenta, rapidamente se exaspera com o aumento exponencial da burocracia eduquesa inerente à avaliação maiata, com a complexidade de processos, uns inúteis, outros inexequíveis, que aumentam a carga de trabalhos dos professores sem qualquer ganho para os alunos e roubando o precioso tempo que deveria ser dedicado à preparação das aulas, ao efectivo acompanhamento dos alunos e, não menos importante do que tudo isto, ao descanso e à preservação da saúde mental de quem ainda não desistiu de ser professor.

A Sério?

Já pensaram que os rankings também podem ser vistos de baixo para cima?

“A diferença da escola pública para a privada é que um privado mau dura pouco”

Nos resultados mais recentes do Público, atendendo ao universo total de escolas, parece-me que as privadas estão proporcionalmente mais representadas na base da lista do que as públicas.

Há mitos úteis. E gente muito ignorante ou apenas desonesta.

Este Tipo Ainda Nos Irá Fazer Ter Saudades D@s Outr@s, Mesmo D@s Que Achávamos Do Piorio

Reparem como, para ele, uma progressão na carreira, resultante do tempo de serviço prestado e da tal avaliação do desempenho, é o mesmo que um aumento salarial para combater a inflacção. Ou seja, eu mudo de escalão para obstar ao aumento dos preços e não porque progredi na carreira. No limite, isto significaria (significará?) que as progressões na carreira levariam (levarão?) ao fim dos aumentos salariais anuais. Mas nada como ler a notícia e perceber o que nem sequer está escondido nas entrelinhas, como no caso das pensões.

E quem não progrediu, encravad@ nas listas das quotas? Come pela mesma medida?

Fernando Medina disse que “a ponderação da proposta salarial para a função pública terá três componentes: a actualização salarial, as progressões e promoções e a melhoria do posicionamento de algumas carreiras, nomeadamente a de técnico superior”.

(…) Em entrevista à TVI, para além de ter garantido que [os funcionários públicos] não vão com certeza ser aumentados 7,4% [valor da inflação estimado pelo Governo para 2022]”, o primeiro-ministro afirmou também que, na definição da política de rendimentos, se deve “tentar procurar chegar o mais rapidamente possível àquilo que é o objectivo de médio prazo de inflação da zona euro, ou seja, uma inflação de 2%”.

(não se esqueçam de repetir… a culpa é da troika…)

Toma E Embrulha!

Os governos da Madeira (PSD/CDS-PP) e dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) classificaram esta terça-feira como “despropositadas” as declarações do ministro da Educação, João Costa, sobre o processo de recuperação do tempo de serviço dos professores nas regiões autónomas.

“Nós entendemos que estas declarações, sendo completamente despropositadas, não deixam também de ter uma outra intenção, que é a de encobrir aquilo que são as incompetências do Partido Socialista para governar a educação em Portugal”, disse Jorge Carvalho, secretário da Educação, Ciência e Tecnologia da Madeira.

4ª Feira

Já se está a perceber, com expectável rapidez, o que pretendiam cert@s director@s que reclamaram por maior autonomia na contratação dos seus “colaboradores”. Até falaram em “novos olhares”. Ao que parece, num determinado teip com ligação directa ao shôr ministro, começou-se pela família nuclear. Episódio deprimente, contado por quem assistiu em directo ao desempenho do inclusivo líder local. Nada como começar por incluir os seus, portantossss. Se não for quem sabe, por contacto próximo e íntimo, a fazê-lo, quem o fará?