Os meus colegas de curso fizeram uma licenciatura de 4 anos e, para darem aulas, fizeram o ramo de formação educacional de 2 anos, um de disciplinas teóricas e um de estágio, com horário e turmas atribuídas, num total de 6 anos de formação científica e pedagógica. Não são reconhecidos como “mestres”.
(eu não fiz esse percurso, pois só me profissionalizei muito mais tarde, já com tempo de serviço suficiente para só fazer as disciplinas teóricas onde tive professores que tinham menos habilitações académicas que eu. Lamento, eram boas pessoas, bons profissionais, mas que me lembre só um tinha mestrado completo como eu, na altura)
Mas, agora, com cinco anos, já temos “mestres de aviário”, profissionalizados e com direito a peças jornalísticas que consideram que são eles os mais qualificados, pois aos “envelhecidos” nem lhes é reconhecida a equiparação ao mestrado, embora tenham estudado mais e tenham uma formação científica de longe muito maior, garanto-vos eu, por muito que me apareçam aí a dizer que até fizeram 6 créditos em sociologia do carapau alimado e mais outros 6 em metodologia do projecto transversal, mail’a formação em avaliação cósmica e rubricas pedagógicas.
Não me gozem, por favor, que estou mesmo velho para parvoíces. Mas com especialistas made in isczé da “reitora” (o tema e conclusões do recente doutoramento não enganam acerca de uma “agenda” que passa pela promoção das PPP na Educação), havemos de esperar o quê? Mesmo que depois digam que há falta de “estímulo” e tal, a verdade é que apenas aparecem para enterrar mais quem não anda por cá a fazer fretes e consultorias.
E basta lembrar o que andou a dizer sobre a falta de professores, tanto uma coisa como quase o seu contrário em menos anos do que os dedos de uma mão que foi à guerra e voltou com necessidades de saúde específicas..
Pois… Foi exatamente esse o meu percurso… em línguas estrangeiras, na FLUC.
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Pois é meu caro, eu aqui com 4 aninhos de licenciatura na FLUL (Curso de 83-87) e mais 2 de estágio (o 1º ramo integrado da FLUL) nem uma pós graduação tenho… realmente… fraca formação a minha! Siga a dança!
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Contemporâneo, lá pela Alameda da Clássica, que eu andei no quartel da Nova.
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Estive quase a mudar-me para os teus lados, mais tarde (convite para Mestrado em Expansão do inesquecível mestre (esse sim, um grande mestre) Luis Filipe Thomaz…
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Ainda fiz parte do 1º ano.
E sim, nesse caso era um mestre a sério, com um saber enorme, apenas comparável à humildade.
Acabei por me “transferir” para Contemporânea, após pausa de 15 meses na Câmara de Alcácer.
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É bom lembrar a muitos que fingem não saber: eu os meus colegas de curso fizemos a licenciatura científica em Filosofia e depois mais dois anos de Formação Educacional (que integrava o estágio final). Para que conste.
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Todos os então recém licenciados (sou do curso de 84-88) tinham acesso ao primeiro ano teórico do curso do Ramo de Formação Educacional (88-89), mas nem todos conseguiam vaga para o segundo ano de estágio (89-90) pois havia “numerus clausus”… E não podíamos apresentar candidatura com cadeiras das disciplinas pedagógicas por concluir… Sou do segundo ano do curso do Ramo de Formação Educacional da FLUC, um dos três anos de transição e, portanto, com seis anos de formação no total.
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É verdade Maria, havia “numerus clausus”. Na FLUL também era assim… mas recordo-me que conseguimos (após várias reuniões de representantes de alunos com o Conselho Científico) fazer aprovar uma norma de majoração de 1 valor a acrescer à média para todos os que ficassem pendurados nesse “numerus clausus”. Nesses tempos a solidariedade era concreta, eu fui do 1º ramo integrado, entrei direto no estágio, fazia parte dessa comissão de alunos e não nos esquecemos dos que ficaram para trás…
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Eu fui da comissão que, da parte dos alunos de História, negociou a coisa na FCSH em 1987. A partir de Março já dando aulas. E uma coisa nós defendemos, contra outros cursos, com unhas e dentes: queremos fazer a licenciatura que escolhemos e depois decidir o futuro, pelo que durante muito tempo eram 4+2 para quem seguisse a via de ensino e não 5 anos como no regime integrado.
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Já agora.
Nova, FCSH, 1983-85 (licenciatura) e 1991-95 (mestrado). Em 88-89, apenas frequência do 1º ano do de Descobrimentos (se fosse agora, como fiquei até Fevereiro, ainda era um semestre completo).
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Licenciatura de 5 anos em via ensino, com estágio integrado…se fosse hoje era “mestre” sem ter feito um estágio de um ano
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