Ao longo da semana entraram nov@s alun@s nas minhas 5 turmas. Como aos restantes, abro a porta, para os conhecer e ir trabalhando com eles. Mesmo que não andasse por aí uma catrefada de gente a fazer apelos demagógicos, é meu dever e minha convicção trabalhar com tod@s e incluí-los no grupo, à medida das suas capacidades. Nunca exigi a escolha de uma proporção de alunos em cada turma. No entanto, as “lideranças” escolares parecem sentir uma enorme incapacidade em aceitar nas suas escolas quem lhes aparece, em resultado de um concurso com uma lista graduada, combinando classificação académica (obtida em cursos que provavelmente também frequentaram) e o tempo efectivo de serviço (que no caso de muitas lideranças é de gabinete e rabo sentado, com os alunos à distância, por muito que falem em “proximidades”), pelo que pedem para escolher pelo menos um em cada três professores a recrutar para os seus agrupamentos. Isso equivaleria a seleccionar 35-40 dos meus actuais alunos. Fala-se na adequação do “perfil”. Mas então não querem “desafios” ou isso é apenas para quem anda pelas salas de aula?
De que adianta gabarem-se de acolher não sei quantas nacionalidades e condições nas suas escolas, se quem trata disso é a arraia miúda? Há quem pratique uma “inclusão” de 31 de boca. E quem queira “autonomia” só para si, enquanto a “flexibilidade” fica para os outros. Hipocrisia? Claro que sim. Mas poderíamos falar em falta de competências de liderança e, porventura, uma certa carência de “formação” em gestão de recursos humanos, numa perspectiva da deontologia e empatia.